A Fiat apresentou, na manhã desta quinta-feira (22), a primeira grande reformulação da Fiat Toro desde seu lançamento em 2015. As mudanças trazem retoques no visual externo, interior mais tecnológico e um novo motor, que talvez é a maior novidade.
Externamente, nas versões mais baratas, somente os mais atentos vão perceber as mudanças. A picape mantém o filete de LED abaixo do capô e o farol mais baixo –com lâmpadas de LED– ao lado da grade, que recebeu frisos cromados. As versões mais caras, Ultra e Ranch, trazem uma grade maior no estilo Ram, marca especializada em picapes do grupo Stellantis, o mesmo da Fiat.
O capô ganhou o que a Fiat chama de 'músculos', mas são vincos mais pronunciados. A grade troca o logotipo da marca pelo nome em letras maiores, como já aconteceu com outros modelos. Na traseira nada muda.
Leia mais:
Encontro de carros antigos e rebaixados acontece neste domingo em Londrina
Vai viajar no fim do ano? Veja itens obrigatórios e essenciais para uma viagem tranquila
Motocicletas se multiplicam sob o olhar mais atento da política
Acidentes com motos sobrecarregam o SUS e levam a perda de mobilidade, amputação e dor crônica
Por dentro, quem entrar nas versões completas vai se assustar com a central multimídia, que agora é um tablet horizontal no meio do console central. Ele concentra informações de ar-condicionado, computador de bordo, GPS, rádio e demais funções. A tela é de 10,1". As opções mais simples têm a tela tradicional de 8,4" que estreou na Strada.
A falta de porta-objetos foi corrigida. Agora, abaixo do console, ao invés de um porta-copos, a picape ganha uma bandeja que carrega o celular por indução em aparelhos compatíveis.
O modelo ganha o sistema Connect Me, que leva alguns comandos e informações do carro para um aplicativo de celular, como ver o nível de combustível, chamar assistência mecânica, limitar a velocidade e localizar o veículo em caso de subtração, entre outras funções.
A maior novidade, no entanto, é a adoção do novo motor 1.3 de quatro cilindros turbo, que também estará no novo Compass. Ele rende até 185 cv de potência com etanol e fica nos 180 cv com gasolina. A injeção de combustível é direta dentro dos cilindros. A proposta é melhorar o desempenho e reduzir o consumo.
A nova opção não substitui o antigo 1.8 de até 139 cv que permanece na versão de entrada Freedom. A transmissão é sempre automática de seis marchas e a tração é dianteira.
O motor a diesel de 170 cv não é alterado. Ele segue presente nas versões mais caras, e opcional nas intermediárias. Neste caso, o câmbio automático tem nove marchas e a tração é nas quatro rodas com seletor por botões abaixo do comando de ar-condicionado.
Além da motorização, a Toro ganhou outras melhorias mecânicas, como a suspensão recalibrada. Segundo a Fiat, com isso, a picape ficou mais silenciosa e confortável. A marca também promete mais estabilidade e conta com ajuda eletrônica para isso.
Além do controle de tração tradicional, toda versão 4x2 vem com o bloqueio de diferencial automático. Ele detecta se uma roda perde a tração, freia esta peça e transfere toda a força do motor para a do outro lado. Na teoria, a função ajuda a sair de atoleiros.
As versões topo de linha da Fiat Toro contam com instrumentos auxiliares. Há, por exemplo, a frenagem automática. Uma câmera na frente do veículo detecta um carro à frente e emite um aviso. Se o condutor não tomar nenhuma atitude, o sistema pode parar a picape por completo.
A mesma câmera atua em outras funções, como a alternância do faro alto e baixo automaticamente e o detector de faixas. Se ela "vê" que o motorista está avançando sobre a sinalização no asfalto, um uma luz acende no painel, além do volante vibrar. O equipamento, porém, não é capaz de virar a direção sozinho. Essas funções são de série nas versões Ranch e Ultra e opcionais nas opções Freedom e Volcano.