O veículo motorizado mais vendido do Brasil muda na linha 2025. Após 330 mil unidades emplacadas entre janeiro e setembro, a Honda CG chega à décima geração com alterações de estilo e novo sistema de suspensão.
Para comparar, a picape Fiat Strada, que lidera entre os automóveis, teve 101,5 mil licenciamentos no mesmo período, de acordo com os dados da Fenabrave (federação que reúne os distribuidores de veículos).
As novidades da linha CG 160 são acompanhadas por aumentos de preço. As novas versões ficaram aproximadamente 10% mais caras que as anteriores. O reajuste era esperado diante do envelhecimento do modelo antigo, que estava no mercado desde 2016.
O motor Honda de 162,7 cm³ (14,7 cv de potência) pode ser abastecido com gasolina ou etanol nas versões Cargo (R$ 17.175), Fan (R$ 17.723) e Titan (R$ 19.230). É basicamente o mesmo de antes: as últimas atualizações foram feitas em 2022 para atender à quinta fase do Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).
A opção mais em conta se chama Start e custa R$ 16.194. O desenho não muda, mas só é possível abastecer com gasolina. Seu novo painel digital tem fundo cinza claro com algarismos em preto, sendo o mesmo da opção Cargo.
Já as versões Fan e Titan invertem o padrão: o fundo do quadro de instrumentos é escuro, em contraste com os números claros. É uma tentativa de conferir visual sofisticado a um veículo de apelo popular.
Segundo a Honda, a nova suspensão traseira passa a trazer balança retangular -antes, a peça era tubular. A mudança permitiu aprimorar o sistema de ajuste da corrente.
Todas as versões trazem freio a disco na dianteira, rodas de liga leve e pneus sem câmara. O tanque continua feito de metal, mas há carenagens plásticas ao seu redor, desenvolvidas para modernizar o desenho.
A versão Titan tem entrada USB-C para carregar smartphones, farol com lâmpada de LED (também presente na Fan) e freio do tipo ABS, que evita o travamento da roda dianteira em frenagens de emergência. É a primeira vez que a Honda CG traz este equipamento.
A única coisa em comum com a primeira geração da motocicleta (que foi lançada em 1976 com Pelé atuando de garoto-propaganda), é a cor laranja - outra exclusividade da versão Titan.
Na época, seu nome era CG 125. Essa opção foi produzida por 42 anos e teve 7 milhões de unidades vendidas. O motor tinha 11 cv de potência e, segundo a Honda, era possível rodar 57 quilômetros com um litro de gasolina.
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