Viagem quase sempre é sinônimo de compra. E, quando o destino é o exterior, fica ainda mais difícil resistir ao consumo e deixar de aproveitar a oportunidade de adquirir produtos que não são encontrados no Brasil ou, ainda, mercadorias que, apesar de estarem disponíveis por aqui, parecem bem mais baratas por lá. para não cair em ciladas, a solução é fazer um bom planejamento financeiro e tomar alguns cuidados para não se arrepender na volta ao Brasil.
Cartão de crédito
Os cartões de crédito internacionais são ótimos aliados das compras no exterior, por garantirem segurança e praticidade. Mas é importante ter consciência de que o valor a ser pago será convertido em reais.
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E aqui vale o alerta: como as moedas estrangeiras variam em relação à moeda brasileira, é preciso ter consciência de que o valor pago pela mercadoria na hora de quitar a fatura será diferente do custo verificado no momento da compra.
Isso porque é necessário utilizar a cotação da moeda (seja dólar, euro, pesos ou qualquer outra) correspondente ao dia do pagamento. E, com as constantes e naturais oscilações, é natural pagar um valor acima do previsto. Mas, tendo compreensão de que isso pode acontecer, torna-se mais fácil planejar suas compras e gastar de acordo com sua disponibilidade financeira.
Contas mentais
Outro aspecto que exige atenção são as contas mentais. Vamos considerar uma viagem para os Estados Unidos, por exemplo. Como o dólar varia constantemente em relação ao real, é comum termos um preço estimado em mente.
Vamos considerar que, durante sua viagem, você gastou US$ 5 mil, supondo que o dólar estivesse custando R$ 1,60. Você, então, teria em mente a impressão de que gastou R$ 8 mil. Mas, se nesse período o dólar estivesse valendo R$ 1,70, você teria arcado com R$ 8,5 mil, ou seja, R$ 500 a mais do que havia imaginado.
Garantia
O cuidado com as compras e a atenção aos direitos do consumidor são aspectos importantes a considerar em qualquer país. Principalmente a garantia dos produtos! Pense a respeito: muitos eletroeletrônicos perdem a validade quando são levados para fora do país de origem, mesmo que tenham nota fiscal.
Um bom exemplo são os computadores e notebooks. Segundo especialistas, nenhuma empresa é obrigada a oferecer garantia dos seus produtos, se eles não estiverem mais no país onde foram adquiridos, e pouquíssimas companhias fazem isso. A garantia é local. Mesmo que a pessoa tenha a nota fiscal do aparelho e tenha arcado com o custo dos impostos, ela dificilmente terá direito a suporte técnico aqui no Brasil.
Este é um fator complicador, porque é a típica situação onde o barato pode sair caro. Economiza-se no preço do computador, mas, quando o aparelho apresenta algum problema, ela terá que gastar um bom dinheiro para mandar arrumar, já que a garantia perde a validade aqui. Além disso, é comum os consumidores adquirirem equipamentos que não possuem similar no Brasil, conseqüentemente, é difícil haver peças para a manutenção do aparelho. A dica é comprar equipamentos cujas marcas sejam conhecidas por aqui.
Impostos
Outro cuidado a ser tomado com relação às compras feitas no exterior é com os impostos. De acordo com a Receita Federal, roupas e outros objetos de uso ou consumo pessoal; livros, folhetos e periódicos ou outros bens que não ultrapassem o limite de US$ 500 (para quem entrar no Brasil por via aérea ou marítima) estão isentos de tributos.
Como todo viajante que ingressa no País é obrigado a apresentar à fiscalização aduaneira a Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), quem tiver trazido bens que excederem a cota de isenção deverá pagar imposto de importação, calculado à alíquota de 50% sobre o valor que exceder os US$ 500. (Fonte: Finanças Práticas)