O Brasil é apontado pelo Fórum Econômico Mundial como o primeiro país do mundo em atrativos naturais. A diversidade da fauna e flora é um dos atrativos para estrangeiros e brasileiros que buscam o turismo de natureza e aventura.
A observação de aves, ou birdwatching, como é conhecida, motiva viagens para dezenas de destinos nacionais de norte a sul do país. E se as aves atraem visitantes, o turismo de observação gera dinheiro na rota dos pássaros. Estima-se que, no Brasil, a atividade atraia cerca de 30 mil observadores.
O ecoturismo, sustentável e responsável, reforça a necessidade de preservação da natureza. Somente no Espírito Santo, dez regiões são apontadas como destinos de observação de aves pela Organização Não Governamental Últimos Refúgios, com foco na conservação da natureza e que tem como objetivo fomentar a observação de aves.
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A diversidade de espécies raras gera grande potencial para o ecoturismo capixaba. O estado faz parte do roteiro de observadores de aves de todo o mundo. As viagens contemplativas reúnem turistas e clubes de observadores de aves e o Brasil se destaca pela diversidade de aves raras, até mesmo nos parques urbanos.
O Pantanal e a Amazônia oferecem roteiros exclusivos para observação e aves e animais. O Estado do Mato Grosso reúne atividades turísticas que contemplam os dois biomas. Em Alta Floresta, no norte do estado, os hotéis de selva incluem nos roteiros de natureza e aventura, torres de observação de aves de até 50 metros de altura. Um deles conta com duas estruturas, acima da copa das árvores, para que os turistas avistem a floresta das alturas.
No local, o visitante tem a oportunidade de contemplar belos amanheceres e fins de tardes tendo como trilha sonora a sinfonia dos pássaros. São araras, periquitos, papagaios, cotingas entre outras, além de macacos. Outra opção é observar as aves que habitam a parte baixa da floresta caminhando pelas trilhas ou fazendo canoagem e passeio de barco nos rios.
Na Mata Atlântica, outro bioma de relevância internacional, a Costa do Descobrimento, no sul da Bahia, alia os atrativos históricos e de sol e mar, ao prazer de avistar as aves que já habitavam a região em harmonia com os nativos, antes da chegada dos colonizadores, em 1500. Muitos turistas não se contentam apenas em ver; querem filmar, fotografar e ampliar o álbum de "figurinhas", de preferência com espécies raras.
Além do prazer de catalogar espécies, a viagem amplia a consciência ecológica sobre o papel das aves na natureza. A Chapada Diamantina, também na Bahia, é outro exemplo de diversidade de aves que enriquecem a experiência do turista. São mais de 400 espécies da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado.
Para observar a vida silvestre é necessário caminhar lentamente e em silêncio, ouvindo os sons da natureza, evitar movimentos bruscos, usar cores discretas, manter distância das aves e usar binóculos. No início e no final do dia, a variedade de aves e de sons é maior. Na internet, as enciclopédias virtuais Birds of Brazil e Wikiaves reúnem desenhos, fotos, cantos, entre outros detalhes, e apontam a localização de quase todas as aves brasileiras.