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Quer um banho no Rio Iguaçu? Então faça o safári Macuco

16 nov 2011 às 10:46

A entrada é convidativa. Amplos portões ao fim de um calçadão gigante, uma fonte de água rasa e aquele clima que só beiras de florestas e de rios oferecem. É a porta do Parque Nacional do Iguaçu, por onde é preciso passar, do lado brasileiro, para chegar até as águas do Iguaçu, rio que na região divide os territórios brasileiro e argentino e tem as suas quedas, ou cascatas, classificadas entre as mais belas paisagens do mundo.

Ali no portal de entrada, também chamado Centro de Visitantes, dá para comer um lanche, comprar uma camiseta com onça pintada estampada, apreciar fotos da região. Mas primeiro é melhor seguir o destino e objetivo principal: tomar banho nas Cataratas do Iguaçu. Isso mesmo, dá para tomar um pequeno banho no Iguaçu. Detalhe: dentro de um barco.


Para issso, na entrada do Parque é preciso tomar o ônibus que corta a floresta e leva até uma estação chamada Macuco. O caminho é agradável, pois os ônibus são de dois andares, com área superior externa. Enquanto o veículo segue ao seu destino, o vento acaricia o rosto e os olhos podem se encher da paisagem verde. "Próxima parada: Estação Macuco", avisa uma voz aveludada.



E na tal parada uma pequena estrutura recebe quem vai entrar pela mata e pelo rio para o Safári Macuco - nome da empresa que o promove. Carretas com assentos puxadas por carros elétricos, que não poluem, esperam os visitantes, que vão saindo para o passeio por ordem de chegada. Moços e moças simpáticos e jovens dirigem os carrinhos e servem de guia. O veículo vai entrando na mata do Parque Nacional do Iguaçu.


A guia explica que a floresta ali, que era particular, foi declarada pública em 1916, depois que o aviador Santos Dumont passou pela região e assim reivindicou junto ao governo do estado do Paraná. O Parque fica na cidade de Foz de Iguaçu. Ela conta também que, em 1936, o então presidente Getulio Vargas o transformou em Parque Nacional do Iguaçu, e em 1986 ele foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).


Mas a trilha segue e o carrinho elétrico se detém em alguns trechos, ora para que se aprecie uma flor, ora uma árvore. A guia mostra a orquídea Íris, que floresce uma vez por ano apenas e fica aberta só por um dia. Também apresenta o fruto banana de macaco, fala das 348 espécies de borboletas que ali vivem, da onça pintada que habita por perto e das histórias de quem cruzou com ela. Parte do caminho, mais perto do rio, é feito a pé. E dá para encontrar surpresas no caminho, como uma cobra descansando bem ao seu lado. Era uma caninana, espécie não venenosa. Ufa!


Um pouco mais que meia hora e o turista está na beira do rio, onde fica uma estrutura coberta da qual partem os barcos. Talvez por ali esteja tudo tranquilo e você possa apreciar a beleza do rio e suas águas agitadas. Mas talvez seja dia de visitas de grupos de argentinos e o burburinho, então, vai ser grande. "Nena, ponete el chaleco salvavidas!", dirá um deles para a filha pequena. Sim, o safári Macuco recebe muitos estrangeiros e tem serviço de guia em português, espanhol, inglês, alemão, japonês e italiano.


Divulgação

Safári leva turista até cascatas


Na hora de escolher o assento no barco, fique nos dianteiros se quiser aventura e nos traseiros, atrás do piloto, se quiser pouca adrenalina. Os barcos são infláveis e bimotores.


O passeio começa com as embarcações subindo o rio, na direção oposta da corredeira, ao encontro das grandes cataratas. Uma e outra grande onda fará o barco pular aqui e ali. Duas paradas para fotos, com sorrisos e as quedas d’água no fundo. E lá vai o barco cheio de gente se enfiando cada vez mais perto da cachoeira. Quem não foi avisado, leva um susto. A embarcação samba, para lá e para cá, com sua parte dianteira bem embaixo de uma das grandes quedas. É água no rosto, na cabeça, na roupa!


Quando o turista acha que a adrenalina acabou, o barqueiro embica o veículo de novo na catarata. E de novo! Três grandes banhos! Isso se alguma velhinha que estiver no barco não gritar: "Pare, por favor!" e todos concordarem em terminar a aventura molhada por ali mesmo, na segunda incursão à cachoeira. Os botes levam desde jovens até idosos e crianças pequenas. Muitos pais fazem questão de levar os filhos pequenos para o banho das cataratas como uma grande bênção. Mas a maioria quer mesmo diversão!


Isaura Daniel/ANBA

Cataratas do Iguaçu: beleza do mundo


Depois do banho, o barco toma seu rumo de volta, agora ajudado pela correnteza. O retorno à entrada do safári é menos romântica, sem explicações de guias. A estrada é a mesma para os carros que estão indo ao passeio e os carros que estão voltando. Por isso talvez haja uma parada, para esperar o carro que vem passar, e uma saudação ao grupo de turistas japoneses, que vai indo para banho de barco nas cachoeiras. Ao final do safári dá para comprar as fotos feitas pela equipe da embarcação e também um vídeo.


Tudo acabado, é hora de pegar o ônibus de volta para a entrada do Parque. Ou então, quem ainda não conhece as cataratas, pegar o ônibus na direção oposta e ir vê-las de perto, também por um caminho no meio da mata. A trilha, porém, é feita a pé e uma estrutura de passarelas permitirá que o visitante veja a queda d’água e até receba seus respingos. Depois de voltar de ônibus para o Centro de Visitantes, aí sim é hora das compras e do lanche. Aliás, no meio do parque, no final da trilha das cataratas, também há lanchonetes e restaurante, inclusive com estrutura melhor do que o da entrada.


Serviço

Macuco Safári
Telefone: +55 (45) 3574 4244
Email: comercial@macucosafari.com.br


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