Antonina é a única paranaense no PAC Cidades Históricas

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (20) o repasse de R$ 1,9 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas até 2015, dos quais R$ 1,6 bi se destina às obras públicas. Os R$ 300 milhões restantes referem-se aos imóveis particulares de cidades tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O programa contempla 44 cidades de 20 estados. No Paraná, a única representante é Antonina, que vai receber investimento de R$ 16,98 milhões distribuídos na restauração de oito monumentos. As ações contempladas pela iniciativa estão divididas em seis categorias (equipamentos culturais; instituições de ensino; igrejas históricas; museus; fortes e fortalezas; e patrimônio ferroviário).

Além da conservação e revitalização da Estação Ferroviária, está prevista restauração do Armazém Macedo, sobrado da prefeitura, fontes da Laranjeira e Carioca, Santuário de Nossa Senhora do Pilar, Igreja do Senhor Bom Jesus do Saiva e Igreja de São Benedito, contemplando também o entorno das edificações.

História

Fundada em 12 de setembro de 1714 e colonizada majoritariamente por portugueses, Antonina é considerada uma das mais povoações antigas do Paraná. O município, situado a 90 quilômetros de Curitiba e a 55 quilômetros de Paranaguá, teve seu porto reconhecido como o quarto mais importante do país durante o ciclo da erva-mate. Nesse período, cresceram os investimentos em obras públicas, como teatros e prédios residenciais.

Uma das referências do período áureo de Antonina é a Estação Ferroviária. Construído em 1916, o terminal é o intermédio de ligação entre Curitiba, Morretes e Antonina. Dentre os demais monumentos selecionados pelo PAC, a Igreja de São Benedito apresenta o registro de construção mais antigo, com data de 1824.

Outras obras de destaque são a Fonte do Carioca, construída em 1867 e tombada um século depois pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, e a Igreja Bom Jesus do Saivá, fundada 1835 e tombada em 1970 pelo mesmo órgão. A primeira funcionou, durante anos, como o principal meio de abastecimento da cidade.