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Monumento marroquino

Torre Hassan mostra a bela arquitetura do século 12

Agência Anba
18 jun 2009 às 15:30
A Torre Hassan, no Marrocos, destaca a arquitetura do século 12 - Divulgação
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Vários sítios arqueológicos e monumentos antigos enriquecem a paisagem arquitetônica de Rabat, capital do Marrocos. Entre elas o Minarete Hassan, agora chamado Torre Hassan. Esse é um dos monumentos que faz de Rabat, ao lado de Fez, Marrakech e Meknes, uma das cidades imperiais do reino do Norte da África.

A Torre Hassan é o minarete da mesquita Hassan, apontada como a segunda maior mesquita do mundo islâmico no século 12, menor apenas do que a mesquita de Samara, no Iraque. Ela também devia superar a grande mesquita de Córdoba, à época a capital islâmica do Ocidente.

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A construção do minarete começou em 1195, durante a dinastia Almôada, sob o comando de Yacoub El Mansour, que reinou de 1184 a 1199, e ordenou a construção de várias mesquitas, incluindo a mesquita Koutoubia, em Marrakech, e a torre Giralda, mais tarde transformada na torre do sino da catedral de Sevilha, na Espanha. Acredita-se que o mesmo arquiteto que desenhou a Hassan tenha desenhado a Giralda.

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O plano era que a mesquita fosse o primeiro edifício de um projeto maior, que se transformaria em uma nova cidade muçulmana. O edifício seria não apenas um centro religioso, mas também um local de aprendizado e de reuniões. Restam hoje a Torre Hassan, com 44 metros de altura, um piso de mármore, as colunas da lateral esquerda da mesquita e partes de muros, mostrando que a mesquita teria 183 metros de frente e 128 metros de fundo.

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Historiadores dizem que a construção da grande mesquita, incompatível com a cidade de Rabat, à época uma pequena vila, demonstrava a intenção de Mansour de transformar a cidade na nova capital do império, devido à sua posição estratégica entre Marrakech, que era a capital na época, e a Península Ibérica, em grande parte controlada pelos muçulmanos.


Ao lado do rio Bouregreg, a Torre Hassan tem 16 metros em cada lado e está ornamentada com caligrafia islâmica. Os mesmos textos podem ser vistos na Giralda, em Sevilha, que era a capital da dinastia Almôada na Península Ibérica.

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Para subir na torre são usadas rampas, não escadas, pois durante a construção era usada tração animal para levar pesadas pedras e materiais de construção até o topo. As mesmas rampas permitiam com o Muezzin subisse ao topo do minarete a cavalo para chamar as pessoas para a reza.


A Torre Hassan, o minarete de Koutoubia e a torre Giralda são três torres irmãs que apresentam características similares, típicas dos minaretes Almôada, principalmente o formato retangular e a caligrafia árabe.

Após a morte de Mansour, em 1199, a construção da mesquita Hassan, que estava quase pronta, parou. Em 1755 o principal salão da mesquita caiu com um forte terremoto, cujo epicentro foi na cidade portuguesa de Lisboa, que foi destruída. Somente a torre sobreviveu intacta ao terremoto, graças às fundações de pedra da construção. A torre é hoje um dos monumentos históricos mais prestigiados do Marrocos e foi tombada como patrimônio mundial pela Unesco em 1995.


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