A companhia aérea Gol formalizou hoje o acordo de programas de milhagem e compartilhamento de voos (code-share) com a companhia aérea norte-americana American Airlines. A partir de agosto, os clientes dos programas Smiles e AAdvantage poderão acumular milhas para viagens em todos os voos operados pela Gol, Varig e American Airlines em todo o mundo. O resgate está previsto para acontecer no quarto trimestre deste ano e o code-share deve acontecer até o fim de 2009.
Segundo o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, até o fim deste ano, a companhia aérea planeja divulgar novas parcerias de compartilhamento de voos e integração de programas de milhagem. Em abril, a Gol anunciou a assinatura de um acordo comercial com o grupo Air France-KLM. A cooperação permite a integração dos programas de milhagem Smiles, da Gol, e Flying Blue, da companhia francesa, e prevê a efetivação de um compartilhamento de voos, que entrará em vigor a partir de 15 de agosto. O acúmulo de milhas, por sua vez, já está em vigor desde 1º de maio.
Agora, a Gol mira outras companhias aéreas, especialmente aquelas que atuam na Ásia e no Oriente Médio. "Estamos em negociação bastante avançada", afirmou o presidente da companhia aérea, destacando o potencial de geração de receitas e fidelização de clientes desses acordos.
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Para o vice-presidente sênior da American Airlines para o México, Caribe e América Latina, Peter Dolara, "a parceria é um marco para as empresas, pois representará novas oportunidades de negócios", afirmou, complementando que a American Airlines é a companhia norte-americana com o maior número de voos para o Brasil.
Gripe suína
A disseminação da gripe suína na Argentina reduziu em 50% a taxa de ocupação dos voos da companhia aérea Gol com destino ao país vizinho nas últimas três semanas, comparativamente a igual período do ano passado. Ainda que a companhia aérea tenha cancelado voos esporádicos - regulares e, principalmente, fretados - por falta de passageiros, a empresa mantém as 14 frequências diárias para Buenos Aires, Córdoba e Rosário, segundo o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior.
A empresa já reduziu os voos para o Chile - antes eram diários e, agora, ocorrem somente aos sábados. Mas o executivo disse que a redução das rotas para o país já havia começado antes da gripe suína, como parte da estratégia da Gol de focar o mercado local para tornar mais eficientes suas operações.
No caso da Argentina, cujos voos respondem por 2,5% do faturamento total da Gol, "se não houver passageiros" a empresa pode até reduzir frequências para o país. Pelo acordo bilateral feito com o Brasil, há que se respeitar a regularidade mínima de 75% dos voos em 30 dias. "Mas como essa questão é estrutural e atinge a toda indústria, pode haver brechas nesta exigência", afirmou.
Em entrevista à imprensa, Constantino disse acreditar, no entanto, que esta queda no fluxo de passageiros para a Argentina - compensada por viagens ao Caribe, segundo ele - deve mostrar recuperação, a exemplo do que já foi visto pelo setor aéreo no México. "Houve redirecionamento do fluxo de passageiros para o Caribe, que tem se mostrado uma alternativa à Argentina. Se houver necessidade, podemos reforçar estas rotas."