O resultado negativo do saldo das viagens internacionais, formado por gastos de brasileiros no exterior e de estrangeiros no Brasil, deve se acomodar, prevê o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes.
A redução da renda, resultado da menor atividade econômica por conta da crise financeira internacional, atinge brasileiros e estrangeiros. Já o aumento da cotação do dólar é o outro fator que justifica a redução das viagens de brasileiros para o exterior. "É natural que isso se dê no momento em que temos uma crise", disse Lopes.
Segundo o BC, os gastos de brasileiros no exterior, em janeiro deste ano (US$ 743 milhões), tiveram uma redução de 24%, em relação ao mesmo mês de 2008. Já as despesas de estrangeiros no Brasil (US$ 492 milhões) tiveram uma redução de 17%, na mesma comparação.
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Com esses dois dados, o déficit na conta de viagens ficou em US$ 251 milhões em janeiro. "É um resultado que se mostra razoável. Nossa expectativa é de acomodação expressiva no déficit", afirmou Lopes.
Em fevereiro, até hoje (20), o resultado negativo da conta de viagens está em US$ 101 milhões, com despesas de brasileiros no exterior no total de US$ 418 milhões e gastos de estrangeiros no país de US$ 317 milhões.
Lopes acrescentou que em toda a conta de serviços e renda, formada por viagens internacionais, juros, lucros e dividendos, deve haver apresentar acomodação. Em janeiro, as remessas de lucros e dividendos de US$ 698 milhões foi o menor desde setembro de 2005 (644 milhões). O pagamento de juros chegou a US$ 1,963 bilhão. Nos dados parciais de fevereiro, até hoje (20), os gastos com juros chegaram a US$ 530 milhões e as remessas de lucros e dividendos chegou a US$ 665 milhões.