Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
H3N2

Surto de gripe chega a São Paulo com vírus que escapa da vacina

Cláudia Collucci - Folhapress
14 dez 2021 às 17:57

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O vírus influenza A H3N2, o mesmo associado à epidemia de gripe Rio de Janeiro, está circulando em São Paulo e já provoca aumento de atendimentos nos prontos-socorros e internações.


Segundo a infectologista Nancy Bellei, professora da Unifesp e coordenadora da testagem do Hospital São Paulo, entre segunda (13) e terça (14), já são nove pessoas hospitalizadas com o H3N2. Em uma semana, já são 19 casos de internações. Ano passado, de março a junho, período de pico da gripe, foram 12 casos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"Nós estamos numa epidemia de H3N2, não tenho dúvidas disso. No consultório, estou atendendo vários casos, minha filha teve, vários amigos dela tiveram", afirma a médica.

Leia mais:

Imagem de destaque
Lançada nesta quarta

Plataforma dá mapa para acesso ao aborto em casos de feto incompatível com a vida

Imagem de destaque
Participantes de 7 países

Estudo sugere que pessoas sem relacionamento podem ter maior risco para depressão

Imagem de destaque
Alerta

Câncer de mama é o que mais mata mulheres, diferentemente do que diz médica investigada

Imagem de destaque
Síndrome de Cushing e timoma

Com tumor raro, jovem do Ceará sofre alteração na cor da pele


O virologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury, também diz que aumentou o diagnóstico do H3N2 nas amostras analisadas, mas ainda não tem um número fechado. "Foi o que aconteceu no Rio. Lá aumentou mais dez vezes a positividade nos exames. Agora tá chegando aqui."

Publicidade


Embora a vacina contra a gripe usada no programa de imunização tenha na sua composição a cepa H3N2, não é a mesma que circula agora no Rio e em São Paulo. Essa, chamada de Darwin [cidade na Austrália onde ela foi identificada pela primeira vez], não está coberta pela atual vacina.


"Todos os anos a gente muda a receita da vacina [contra o H3N2]. Para 2022, a OMS já mudou. Será a influenza A H3N2 Darwin. É a cepa que a Fiocruz identificou no surto do Rio", explica Nancy Bellei.

Publicidade

Celso Granato diz que, mesmo que a vacina tivesse a cepa Darwin, a imunização contra vírus respiratório não dura mais do que seis meses. "É um surto extemporâneo. A gente não tem surto em dezembro. Juntou tudo: a vacina que não protege muito, as pessoas tomaram há mais de seis meses e as pessoas estão deixando de usar máscaras, estão se aglomerando."


Tanto Granato quanto Bellei dizem que o melhor a ser feito é que as pessoas continuem usando máscaras e evitando aglomerações.

Publicidade


"Do ponto de vista biológico, não vale a pena orientar as pessoas a se revacinarem. Vale a pena usar máscara, mantendo o distanciamento. São as mesmas recomendações da Covid", afirma a médica.


"Usar máscaras e lavar as mãos são as vacinas universais", diz Granato.

A principal diferença entre os vírus, segundo ela, é que a letalidade é menor do que a da Covid, comparando os mesmos grupos de risco.


Mas os casos, mesmo leves, são piores que os da Covid leve. "O paciente tem febre alta, calafrios, miagia e cefaleia importantes, mal-estar, fica sem apetite, não consegue levantar da cama. A maioria dos casos leves de Covid não tem isso."

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo