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Relação

Sexo também mede a qualidade de vida?

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33
"A ausência de sexo não significa necessariamente doença ou problema", diz especialista. - Reprodução
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Como se mede a qualidade de vida? Há vários indicadores que mostram a qualidade sob diversos pontos de vista. Um deles é o sexo. A felicidade sexual é um indicador de boa saúde. Sexo é forma benéfica de demonstração de bem-estar. A alteração na qualidade da vida sexual pode demonstrar distúrbio físico ou emocional. Tanto a ausência completa como o excesso pode significar um distúrbio. É preciso ter muito cuidado com os hiper, super. Todo exagero é merecedor de atenção.

É o caso da compulsão sexual. O brasileiro, em média, tem três relações sexuais por semana, segundo pesquisas realizadas pela doutora Carmitta Abdo, fundadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria da USP. Se a pessoa se relaciona quatro, cinco, seis vezes ao dia e mesmo assim não se satisfaz, é o caso de procurar ajuda especializada.

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Mas se a pessoa não se relaciona mais sexualmente por falta de desejo ou de excitação há grandes possibilidades de que ela esteja com algum problema de saúde. O estado de excitação pode estar relacionado a alterações hormonais, neurológicas, vasculares, infecções pontuais ou localizadas.

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Já outras pessoas deixam de se relacionar sexualmente por temerem perder o parceiro; por terem medo de não chegarem ao orgasmo; de não se satisfazerem ou não satisfazer o seu parceiro. Há também os que consideram não dispor das ferramentas para o sexo como pênis pequeno, inconformidade genital, estrutura vaginal inadequada ou outros problemas de ordem física. Nesses casos é preciso corrigir os problemas para que a pessoa volte a ter uma vida sexual normal.

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É por isso que podemos dizer que o sexo é também um indicador de saúde e de qualidade de vida.


Mas é bom estar atento sempre, pois a ausência de sexo não significa necessariamente doença ou problema. Hoje as pessoas são muito mais esclarecidas com relação ao assunto e, para muitas delas, não ter atividade sexual pode ser uma opção consciente. É o caso, por exemplo, de alguns grupos religiosos.


Se você optou por não ter sexo e vive bem não há qualquer problema.

Márcio D. Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual


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