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Prática erótica

Sexo pelo prazer ou o prazer do sexo?

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
18 nov 2009 às 19:50
- Reprodução
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A prática sexual, de qualquer tipo, depende da expectativa compartilhada de se alcançar o prazer de uma determinada forma e do consentimento mútuo dos parceiros. Se a realização do sexo anal já foi associada no passado às mulheres de rua, hoje, ao contrário, nota-se um movimento geral a favor desta prática.

Depoimentos que revelam que só não gosta quem não conhece esta forma sexual, ou que todas as mulheres precisam aderir a esta prática erótica proliferam por toda parte. No entanto, é importante frisar que essa forma de prazer sexual imprescinde de orientações.

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A dor e o desconforto podem acontecer durante a penetração anal porque a musculatura do esfíncter – diferente da vagina, que possui elasticidade para acoplar o pênis – é muito rígida e quando estimulada provoca contração reflexa. Se não houver um relaxamento adequado, a dor é inevitável.

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Outro fator que pode dificultar o relaxamento muscular é o medo, elevando ainda mais a dor. Afora esses componentes, vale esclarecer que o revestimento do ânus, por ser muito delicado, é mais vulnerável a traumatismos e pequenas fissuras que o da vagina. Além disso, o ânus, por causa do trânsito das fezes, é povoado por bactérias causadoras de vaginites e infecções urinárias. A prática também aumenta a possibilidade de o homem contrair uma uretrite.

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Assim, torna-se inevitável o uso de preservativos pelos motivos já expostos e por causa do risco de transmissão de Aids (haja vista a freqüência com que pequenos ferimentos ocorrem nesta prática sexual).


Por outro lado, a relação anal não expressa nenhuma tendência homossexual como muitas mulheres desconfiam de seus parceiros quando convidadas por eles a experimentar este tipo de prazer. A homossexualidade se caracteriza pela atração por alguém do mesmo sexo e não pela penetração anal. A manifestação do desejo por uma determinada prática sexual pode se dar apenas por uma questão de curiosidade ou preferência.

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Assim, quando o desejo masculino apontar para a penetração anal, cabe à mulher decidir se também deseja expressar a sua sexualidade dessa forma. Se a relação anal é uma das formas encontradas pelo casal para obter prazer, o uso de lubrificantes neutros à base de água deve ser uma escolha para evitar maiores lesões da mucosa, e o uso de preservativos, um componente indispensável nesta prática.


Porém, se a penetração anal não for desejada pela mulher ou se ela constatar que não sente prazer, é bom repensar nas alternativas que possam elevar o prazer sexual do casal. Afinal, pode ser empobrecedor para a vida erótica não a ausência de uma prática sexual específica, mas não saber desfrutar do prazer que o sexo pode proporcionar a ambos.

Margareth Reis, psicóloga clínica e terapeuta sexual no Instituto H. Ellis (SP)


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