Sexualidade

Sexo na terceira idade pode ser prejudicial a saúde?

12 ago 2011 às 16:13

Pode parecer estranho, mas hoje, apesar de todas as informações disponíveis, ainda tem gente que acredita existir uma idade para as pessoas pararem de ter um relacionamento sexual ativo e saudável.

O fato é que a vida sexual não tem data para acabar. Hoje, homens e mulheres chegam à velhice bem mais saudáveis física e psicologicamente do que no tempo dos nossos tataravós. E se há desejo e afeto, não há porque parar.


É verdade que vários fatores influenciam na perda da sexualidade ao longo do tempo. Dentre as razões se encontram as fisiológicas e psicológicas (perda de algum ente querido), econômica e fatos que ocorrem no cotidiano que às vezes não afetam diretamente o indivíduo, mas o sensibilizam de forma que a sexualidade fica mais debilitada.


Esses fatores influenciam nas mais variadas pessoas, sem levar em consideração a idade, mas quando se alcança a terceira idade, outra questão pode ser abordada quando se fala de sexualidade, que é o preconceito social sofrido.


Este preconceito, que precisa acabar, está baseado em que ''velhice'' significa ausência de sexo, partindo do princípio da procriação, onde o idoso não tem mais a necessidade de gerar filhos.


Esta premissa causa constrangimento em pessoas que possuem o corpo em ótimo estado para o ato sexual, mas a mente não está livre destes pensamentos que provém de idéias errôneas na nossa sociedade.


Esses fatores psicossociais podem ser tratados como responsáveis pela perda da sexualidade e, por consequência disto, a felicidade na terceira idade estaria comprometida.


O melhor caminho é lutar contra o preconceito. Desde que as pessoas se sintam felizes e saudáveis, não há nenhuma restrição para continuar tendo uma vida sexual ativa, independente da idade. O mais sensato é a quebra deste paradigma para que as pessoas que chegaram a terceira idade possam desfrutá-la da melhor maneira possível, inclusive sexualmente.

Márcio D. Menezes, cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual


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