Sexualidade

Sexo: a prática leva à perfeição

24 nov 2009 às 18:16

Poucas pessoas sabem, mas o prazer sexual é evolutivo. Ou seja, quanto mais a pessoa pratica sexo, maior será o prazer que ela poderá tirar da relação. O problema é que o inverso também é válido: menos sexo, menos vontade, mais desconforto, menos prazer.

Todo mundo sabe que, no começo, uma relação é feita de estrelas, poesia e desejo. Muito desejo. O mundo parece girar em torno da pessoa amada e tudo passa a ser secundário quando a opção é estar com ela, e o maior prazer é dar prazer a quem se ama. Assim, é comum nesta fase os dois parceiros se dedicarem a ''desnudar'' a alma e o corpo da pessoa amada.


Esta intimidade, que alimenta o relacionamento e transforma a paixão em amor, levando muitos casais a viver juntos, é o segredo para manter uma vida sexual e afetiva longe da rotina e do tédio.


Infelizmente, muitas pessoas se esquecem de como construíram o seu relacionamento e deixam os compromissos e a correria da vida ocupar o tempo que antes dedicavam ao prazer de conviver com a pessoa amada. Este distanciamento é, na maioria das vezes, inconsciente e os casais se surpreendem quando, passados alguns anos, percebem que a intimidade com o parceiro(a) não é mais gratificante e o sexo já não é tão gostoso.


Para se ter uma idéia, de acordo com uma pesquisa, a relação sexual dos casais brasileiros demora em média 30 minutos. Resumindo: o brasileiro gasta mais tempo vendo um filme, navegando na internet, torcendo para um time de futebol, no cabeleireiro, ou vendo a novela, do que se aprimorando no ritual do sexo com o seu parceiro(a).


Um bom começo é retomar hábitos como tocar a pessoa amada (fazer carinho, pegar na mão, sentar juntinhos etc.), ter sempre uma palavra carinhosa para dizer, mostrando que a pessoa é importante para você. Na intimidade, não tenha medo de buscar o prazer e converse com o seu companheiro(a) sobre o que você gosta, seus desejos e fantasias.


É, vocês já perceberam que não existe solução milagrosa para o problema. Não basta amar. É preciso querer ter uma vida sexual ativa e feliz, e investir tempo e trabalho nela. Se o desafio é permanente, a notícia boa é que o retorno é garantido. O céu é o limite para o casal que está disposto a se dedicar ao prazer de se amar.

Márcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual


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