Quando sentimos que um relacionamento não nos serve mais, é tempo de terminá-lo. Isso abre possibilidades novas, não só para nós, como também para a outra parte. Isso vale para uma relação de emprego, um trato de parceria profissional, um relacionamento amoroso ou uma relação de amizade. Em geral temos uma preocupação de como a outra parte vai se sentir, se ficará magoada, se virão retaliações posteriores. Um mundo de possibilidades fantasiosas nos invade. Mas relacionamentos que já morreram e ainda não foram enterrados são negativos para todos. O tradicional ''vamos dar um tempo'' muitas vezes revela o temor de enfrentar o término. O modelo dos tipos rei, guerreiro, mago e amante nos ajuda a entender possíveis reações que poderemos encontrar ao colocarmos um ponto final num relacionamento.
Rei - tipo que tem a tendência de levar tudo para o lado pessoal. A atitude positiva desse tipo é uma boa chance de mostrar a ele novas e futuras possibilidades que se abrem: diga que você aprecia a pessoa, mas que a relação não está sendo benéfica para ninguém. Guerreiro - pessoas muito objetivas, determinadas e focadas. Possivelmente balancearão os ganhos e perdas do término do relacionamento e não terão grandes manifestações emocionais. Mago - são tipos muito precisos, organizados, sistemáticos e mais voltados ao passado. Essa pessoa aparentará ser fria e impessoal, mas por dentro estará sofrendo. Evite ficar repisando incidentes do passado. Amante - tipos muito emotivos, que tenderão a ouvir mais que falar. Aqui talvez haja grandes reações emocionais, com muito choro. Conhecendo as possíveis reações das pessoas, podemos sair do relacionamento com menos traumas.
Outro ponto importante a se observar são os tipos de relacionamentos: duas vias - quando há um equilíbrio entre o que damos e o que recebemos. Existe uma conexão que pode e deve ser mantida; mão única - quando damos muito e recebemos pouco. Fazemos a aposta e temos a esperança de que o equilíbrio possa ser restabelecido; sem saída - relacionamentos que chegaram ao seu fim, mas não sabemos como terminá-los, qualquer que seja a razão.
Como diz Harrison Owen ao se referir às quatro imutáveis leis do espírito: ''Quem quer que esteja presente é a pessoa certa para estar aqui, seja quando for que comecemos, é sempre o tempo certo. O que acontece é a única coisa que poderia ter acontecido. E quando acaba, acaba.''
Margareth Alves, psicóloga e terapeuta familiar (Londrina)