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Fertilidade masculina

Reverter a vasectomia é um procedimento recomendado?

Redação Bonde
27 jan 2012 às 15:12
- Divulgação
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Dados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, revelam que cerca de 300 mil vasectomias são realizadas anualmente naquele país, geralmente por homens com idade entre 20 e 30 anos e que já são pais. Mas alguns anos depois e diante de novas circunstâncias - como um segundo casamento com uma parceira mais nova e sem filhos, por exemplo -, aproximadamente 10% desses homens vasectomizados desejam a reversão do procedimento.

"A reversão da vasectomia (vasovasostomia) é um dos meios mais utilizados pela comunidade urológica para restaurar a fertilidade masculina, mas nem sempre é bem indicada. Primeiramente, há que se levar em conta há quantos anos o paciente foi submetido à ligadura dos ductos seminais. Quanto mais tempo, menores são as chances de sucesso.

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Depois, é preciso levar em conta a idade da parceira, já que a fertilidade feminina também cai abruptamente depois dos 35 anos", diz Edson Borges, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor do Fertility - Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo.

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De acordo com o médico, embora existam dificuldades técnicas que podem comprometer a vasovasostomia, quando bem indicado o procedimento costuma resultar na restauração dos espermatozoides em 90% dos casos, com taxas de gravidez entre 44% e 60%. "Algumas vezes, o mais indicado é recorrer à fertilização in vitro, com injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI). São situações em que o tempo de vasectomia é mais longo - acima de dez anos -, associado a uma parceira com 37 anos ou mais".

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Borges afirma que a parceira, independentemente da idade, também deve ser submetida a exames antes de qualquer procedimento adotado. "Depois de passar por uma criteriosa avaliação, o casal poderá ser bem aconselhado sobre os prós e os contras dos métodos disponíveis para que se tornem pais biológicos. Geralmente, o custo por nascimento no caso de a reversão da vasectomia ser bem sucedida é menor do que as técnicas de fertilização in vitro.


De todo modo, trata-se de uma decisão que deve ser tomada entre os parceiros, em conjunto com o médico - que deverá expor as chances de sucesso do procedimento adotado, bem como o tempo de tratamento, com bastante clareza".

Dr. Edson Borges, médico urologista, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor do Fertility


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