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Questões psicológicas influenciam a sexualidade masculina

Sexo e Comportamento - Folha de Londrina
20 mar 2013 às 15:17
- Reprodução
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Pertencer ao gênero masculino, nesta cultura, exige algumas padronizações de atitude, de comportamento e, por conseguinte, de fórmulas de pensamento. Cada homem tem que aprender a usar algumas ideias que pautarão o comportamento explícito e o verbal nas mais diferentes áreas de atuação.

Para produzir um ser masculino útil para a manutenção da espécie, enquanto o ser humano desenvolvia-se, as formas de pensamento também se desenvolviam. Algumas formas, ou processos cognitivos, desenvolveram-se de tal maneira que produziam efeitos secundários errados, diferentes do que se poderia chamar de racional. Estas formas distorsivas podem ter tido utilidades sociais, inclusive para um determinado grupo social/cultural ter como demonstrar o que era um comportamento errado.

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Então, sejamos homens ou mulheres, precisávamos desenvolver meios, modos de pensar coisas que conduzissem a um mesmo produto. Existem inúmeras formas de usarmos o pensamento, e muitas destas são erradas, produzem erros.

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Homens, para se perceberem homens, aprendem alguns formatos que produzem pensamentos específicos. Estes pensamentos conduzem à ejaculação com penetração vaginal como objetivo primordial.

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A maioria dos homens perceberá que ao se dirigir a uma mulher terá um pensamento em paralelo sempre ocorrendo: ''querer penetrar''. Com a penetração surge a outra ordem mental que é bastante simplista: ''ejacular'' e com a ejaculação aparece o orgasmo e a percepção de que se fez a coisa certa.


Já com o sexo oral a percepção de que se deve ejacular não ocorre. Os pensamentos são dirigidos para ponderar que esta ação será apenas um elemento estimulador, onde se pode ejacular, mas apenas se não houver a possibilidade de ejacular intravaginalmente.

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Esta se torna uma boa razão pela qual a maioria dos homens não sente a mesma premência de ejacular sob sexo oral (felação) e quando penetra percebe a urgência de ejacular, forçando a contração dos músculos dos quadris e alto das coxas e, em específico, os púbicos, alcançando a ejaculação rapidamente.


Como são pensamentos muito fugidios, são automáticos, passam muito rápidos e a ação ocorre sem controle, temos o homem ejaculando rápido, em segundos ou no máximo em um ou dois minutos.

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Metade destes homens não reconhece que este comportamento seja a chamada ejaculação precoce. Afinal, sentem o prazer, e utilizam esta compreensão como razão para sentirem-se corretos.


O pensar é o fenômeno que diferenciará o ato sexual oral (felação) do coito (penetração). Será através do desenvolver o controle sobre o pensamento que o homem desenvolverá o controle sobre a ejaculação rápida.

Oswaldo M. Rodrigues Júnior - psicólogo e terapeuta sexual (São Paulo)


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