Sexualidade

Quebra de vícios: entenda teoria dos 21 dias

13 jun 2011 às 18:46

Existem estudos que dizem que 21 dias são o período necessário para se condicionar novos hábitos, quebrar vícios ou alterar hábitos antigos. Em outras palavras, se você quer incorporar um hábito novo na sua vida, alterar ou cortar um já existente, tudo o que você tem a fazer é conscientemente manter o esforço repetitivo por 21 dias, após os quais seu cérebro e seu corpo passarão a reconhecer o novo hábito como estabelecido, repetindo automaticamente o novo padrão, de forma que o esforço consciente passa a não ser mais tão necessário.

Quando encaramos uma mudança como algo definitivo, permanente, pode parecer assustador. O suficiente para nos impedir de começar. No entanto, se você encarar a mudança como temporária, fazendo um acordo consigo mesmo estabelecendo que após o período de 21 dias você poderá voltar ao que era antes se quiser, a tarefa pode ficar mais fácil. Na prática, o esforço é exatamente o mesmo, mas as chances de você se sabotar ficam menores. Primeiro, porque ao invés de estar lidando com ''para sempre'' ou ''nunca mais'', você vê o final dos 21 dias. Além disso, se você vai fazer algo por quase um mês e ponto final, ter um prazo para manter consistência reduz a probabilidade de você dar a si próprio a desculpa de ''depois eu faço''.


Uma vez iniciado o processo, se você pular um dia, você já sabotou a tarefa e terá que recomeçar. É o que chamamos das recaídas. Elas, muitas vezes fazem parte de todo processo. É evidente que o sucesso de uma experiência como esta vai depender do seu comprometimento. Depois dos 21 dias, você terá resultados e informações suficientes para julgar a mudança e, uma vez já acostumado com o novo hábito, fica bem mais fácil mantê-lo. Caso contrário, simplesmente retorne ao hábito antigo e caso encerrado.


Podemos listar exemplos de comportamentos que precisam ser quebrados ou interrompidos: fumar, comer em excesso, usar drogas, beber demais, transar de forma compulsiva, trabalhar além da conta (os workaholics) etc. Determinação, disciplina, coragem, foco entre outras coisas são fundamentais. Eu quero? Eu preciso? Eu posso? Você precisa de três ''SIM''. Tomada a decisão, é preciso ter consciência que o período de abstinência não é fácil e se você puder recorrer a ajuda da família ou profissional fará toda a diferença.


Seguindo o mesmo raciocínio também podemos pensar em comportamentos a serem estimulados e desenvolvidos: ler por uma hora sobre um assunto do seu interesse, meditar, caminhar ao ar livre, testar hábitos alimentares novos e saudáveis, diminuir o número de vezes que julgamos algo ou alguém, elogiar de forma sincera pelo menos uma pessoa por dia, testar novos caminhos nos meus trajetos diários, deixar a tv e o computador desligados por mais tempo, lembrar de respirar profundamente várias vezes por dia, surpreender as pessoas mais importantes de sua vida. Dê asas à imaginação e não haverá limites.

Margareth Alves - psicóloga e terapeuta familiar


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