O ser humano passa por diversas transformações durante a vida. Quando é jovem, cheio de energia e vitalidade, o sexo é tudo. Age como se, sem ele, a vida não tivesse o menor sentido. Que é preciso sexo para se sentir vivo. Depois, com o passar da idade, as fontes de prazer vão se diversificando. É um prazer assistir a um bom filme, peça de teatro, show musical, ler um livro, praticar esportes. Esta transformação é normal, não há nada de errado com ela.
O problema é quando o prazer do sexo é literalmente substituído pela comida. O escritor e cronista Ricardo Freire diz, de forma bem-humorada, que a comida é uma opção sexual como outra qualquer.
O fato é que esta é uma realidade cada vez mais presente nos dias de hoje: pessoas trocando o sexo pela comida. É a busca de boas sensações por meio da comida. O problema é que esta troca, para muita gente, passa a ser uma alternativa à falta de um relacionamento afetivo saudável. E, definitivamente, está longe de ser a melhor solução.
Leia mais:
Comportamento de risco aumentou infecções sexualmente transmissíveis
Programas focados em abstinência sexual não são eficazes, diz SBP
Evento em Londrina discute vida sexual em relacionamentos longos
Você sabia que colesterol alto pode levar à impotência?
A vida moderna apresenta muitos desafios, como as questões financeiras, profissionais, de relacionamento, e o sexo acaba ficando em segundo plano. Às vezes, é preciso um esforço tremendo para continuar tendo uma vida sexual ativa.
Por isso, fique muito atento. Priorize sua vida sexual, suas relações afetivas. Namore, fique junto com sua parceira ou seu parceiro. Troque carícias. Não deixe acabar o erotismo do relacionamento.
Márcio D. Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual