O orgasmo é a perda momentânea da consciência, com alterações corporais, aumento da frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura e produção de níveis hormonais. Tudo está somado a modificações musculares localizadas (contrações vaginais, orgasmo vaginal) ou generalizadas.
O orgasmo não é sempre igual nem tem a mesma intensidade. Em trabalho efetuado com 130 pacientes, verificamos que não existe correlação entre as classificações ótimo, bom e regular e a qualidade da intensidade do orgasmo.
Sabemos, porém, com a eletromiografia computadorizada, que a mulher orgástica apresenta padrões típicos de onda e valores uv. Isto é realmente importante porque no orgasmo vaginal a musculatura é extremamente importante, já que faz parte da resposta sexual compreendida nos estágios de excitação, platô e orgasmo.
Na fase de platô, os músculos vaginais entumescem e transudam. Para entrar em orgasmo, é nescessário este pré-requisito. Músculos fortes e responsivos são necessários para que o orgasmo aconteça. Se os músculos vaginais não forem suficientemente fortes para se contraírem, a mulher entra em pré-orgasmo, mas o mesmo não acontece.
Portanto, a vaginometria computadorizada, aclopada a um biofeedback de exercícios controlados por computador, é um dos métodos mais modernos para auxiliar no diagnóstico das disfunções orgásticas.
É importante saber que nem todos os orgasmos são iguais. Muitas vezes um orgasmo clitoridiano pode dar uma sensação cerebral maior do que um orgasmo vaginal.
O orgasmo pode acontecer quando a pessoa estiver sonhando, durante o beijo, durante o coito, durante o toque de pele contra pele, ou mesmo numa evocação de um odor sexual estimulante.
Marilene Cristina Vargas, médica pós-graduada em disfunção sexual (Curitiba), e membro do Comitê Científico da Sociedade Internacional de Orgasmologia New Delhi