Consultar um urologista é necessário em várias ocasiões durante a vida, e não somente após os 50 anos de idade, quando a andropausa e outros problemas comuns relacionados ao envelhecimento começam a rondar o homem.
Ainda na infância, o urologista atende, por encaminhamento, pacientes pediátricos com moléstias urogenitais. A criptorquidia, a fimose, a hidrocele e a torção do testículo são as causas mais comuns de atendimento urológico na infância. Na adolescência, o acompanhamento urológico também se faz necessário, principalmente quando o garoto entra na puberdade, antes de iniciar a vida sexual e depois que ele a iniciou. A partir desse momento, é importante que seja realizada uma consulta anual periódica, ou no momento em que ele perceba qualquer modificação em seus órgãos genitais.
Para quebrar a resistência natural do adolescente em consultar diversos especialistas, é recomendável aos pais que o adolescente participe da escolha do seu médico. O adolescente deve ser orientado a procurar serviços médicos que trabalham com pessoas da sua idade, ou pesquisar, antes da consulta, se o médico tem experiência de atendimento a jovens. Uma outra forma de fazer a escolha do urologista é marcar a consulta e fazer apenas a primeira etapa dela.
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Falar, pensar e fazer sexo sempre foram considerados ''comportamentos típicos do macho'', mas nunca lhes foi dado o direito de ter dúvidas, de tomar alguns cuidados e, principalmente, de aprender sobre seu corpo, seu comportamento sexual e de respeitar as etapas do seu desenvolvimento pessoal.
Ninguém nasce sabendo fazer sexo. Isso se aprende da mesma forma que, por exemplo, se aprende a andar, comer, ler. Para fazer sexo, não é diferente. O garoto precisa descobrir o seu corpo, conhecer o seu funcionamento, treinar as atividades e carícias sexuais, ter informações, esclarecer suas dúvidas e obter algumas certezas quanto à sua normalidade física. A consulta ao urologista é fundamental nessa trajetória.
O desenvolvimento do corpo do homem, durante a puberdade, acontece de forma desordenada, principalmente no que se refere aos genitais. As mudanças corporais geram muita angústia, timidez, insegurança, baixa auto-estima e até agressividade. O adolescente é um poço de dúvidas, tanto faz se é menina ou menino. São dúvidas quanto ao tamanho do pênis, sua forma, quantidade de pele, sobre as ereções matinais, sem contar o sofrimento de muitos em relação à produção, quantidade, eliminação e fertilidade do seu sêmen.
Ricardo Felts de La Roca, urologista (SP)