As prótese penianas são utilizadas para o tratamento da impotência sexual, nos casos em que os tratamentos mais conservadores (medicações orais ou injetáveis) não foram satisfatórios. Basicamente as próteses se dividem em dois grupos: as maleáveis (ou semi-rígidas) e as infláveis.
Os dispositivos maleáveis são compostos basicamente de silicone, com uma haste metálica central, que dá rigidez á prótese e permite sua manipulação pelo paciente.
As principais vantagens dese tipo de prótese são: o custo (os dispositivos nacionais podem ser encontrados por menos de R$ 2 mil), a facilidade na execução da cirurgia, e o menor risco de complicações mecânicas a longo prazo.
A principal desvantagem é o aspecto estético, pois com este tipo de prótese o pênis fica num estado permanente de ereção, podendo ser curvado ou ''dobrado'' para uma melhor discrição quanto não se deseja a relação sexual.
As próteses infláveis são feitas também de compostos a base de silicone e polímeros de poliuretano, e sua principal característica é que podem ser ativadas, alterando entre o estado ''ereto'' e ''flácido'' (consituindo a principal vantagem deste tipo de dispositivo, considerado mais fisiológico e anatômico). Principais desvantagens: o custo muito maior em relação às próteses maleáveis (acima de US$ 10 mil), maior complexidade na cirurgia de implantação, e um maior risco de falha mecânica a longo prazo.
Não existem complicações absolutas para a colocação da prótese peniana, porém é muito importante a correta indicação pelo médico e o preparo psicológico do paciente. Isto porque este é um tratamento irreversível: uma vez colocada, o paciente sempre vai precisar da prótese para ter ereção, sem a possibilidade de ''voltar atrás'' na decisão.
Outro ponto importante a se frisar é que o pênis com a prótese dificilmente atinge o comprimento que tinha em ereção natural, ficando um pouco menor comparativamente (porém totalmente funcional).
Juliano Plastina, urologista em Londrina