Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Necessário

Qual é a importância do exame de toque?

Sexo & Comportamento - Folha de Londrina
21 out 2010 às 18:27
- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) tem um papel inquestionável para a saúde dos brasileiros, mas está cometendo um grande engano quando desaconselha os exames de toque retal e dosagem de antígeno prostático específico para homens assintomáticos.

Realmente não há evidências científicas de que o rastreamento de toda a população masculina reduza a mortalidade causada pela doença, mas há várias pesquisas demonstrando uma melhora na qualidade de vida dos portadores de câncer de próstata tratados versus os não tratados (menos sintomas urinários, menos dores, maior capacidade de desempenho de suas funções e menos sofrimento psicológico).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A falta de evidências quanto à maior sobrevida pode ter duas explicações: que realmente não existam diferenças estatísticas ou apenas que as pesquisas realizadas até o momento foram mal realizadas, com número de homens e metodologia científica que limitam as conclusões.

Leia mais:

Imagem de destaque
Fique atento!

Comportamento de risco aumentou infecções sexualmente transmissíveis

Imagem de destaque
Antes do Carnaval?

Programas focados em abstinência sexual não são eficazes, diz SBP

Imagem de destaque
Saiba mais

Evento em Londrina discute vida sexual em relacionamentos longos

Imagem de destaque
Saúde do homem

Você sabia que colesterol alto pode levar à impotência?


Existem dois grandes estudos populacionais, em que homens assintomáticos estão sendo acompanhados por no mínimo 15 anos para avaliar o benefício do rastreamento populacional; os estudos serão concluídos até 2012, e com a publicação deles teremos as conclusões precisas.

Publicidade


Dois outros aspectos levantados pelo Inca precisam ser discutidos: as sequelas dos tratamentos e a definição dos casos que são agressivos. Os métodos existentes não nos permitem exatamente definir em quais casos a progressão será lenta, então devemos tratá-los para não correr o risco de um desfecho para a morte.


O tratamento tem efeitos colaterais, principalmente incontinência urinária e disfunção erétil. Porém cabe aos médicos e pesquisadores melhorar continuamente nossas técnicas e não deixar de diagnosticar e tratar o câncer. A presença dessas alterações varia conforme a idade, o tipo de tratamento e é menor nos casos mais precoces, quando os tratamentos podem ser menos agressivos, sendo, assim, mais um item favorável ao exame preventivo.


Há décadas os médicos urologistas vêm trabalhando para a diminuição do preconceito dos homens de realizar o exame preventivo. O Ministério da Saúde somente agora está organizando o Programa de Atenção à Saúde Masculina. Uma informação precipitada como essa do Inca pode desencadear um grande retrocesso para a saúde dos homens.

Sílvio Henrique Maia de Almeida, urologista


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade