Os pais são os principais responsáveis pela educação sexual das crianças, adolescentes e jovens. Você deve conversar, lembrando que o diálogo é uma via de duas mãos, e sempre estar disposta mais a ouvir do que falar, por maior que seja o ''lixo'' que vier.
Não transfira a responsabilidade para o médico, a escola, a tia... Assuma esta responsabilidade e mantenha um canal aberto amplo e acessível aos sentimentos de sua filha. Acolha com amor e lembre-se: quem ama, cuida e dá limites. Não se perturbe com gritos e ameaças, tenha ouvidos grandes como um outdoor e braços longos como polvos. A corda está na sua mão, e quanto mais longa ela estiver, mais riscos ela correrá.
Uma educação sexual voltada para a afetividade deverá despertar no(a) filho(a) o desejo de se cuidar. Em casos extremos, quando você não consegue reassumir o controle, procure um sexólogo e não deixe de explicar a importância do uso da camisinha e da pílula anticoncepcional.
A anticoncepção tem dois extremos: de um lado a educação sexual (o ideal), e do outro, o aborto, uma medida desesperada e agressiva.
Calvino Coutinho Fernandes, terapeuta sexual, ginecologista e obstetra