A intimidade alimenta a excitação sexual, e a dor a inibe. Os homens podem apresentar dor na relação sexual devido à fimose do pênis, infecções ulceradas como o herpes genital, defeitos congênitos com curvatura acentuada, ou por movimentos bruscos e muito intensos que podem causar lesão peniana.
As mulheres padecem por dores associadas ao ciclo hormonal, como a dor do meio, que ocorre em algumas delas durante o período fértil pela ruptura do folículo, que às vezes é muito intensa. Ou sofrem com as cólicas menstruais, desnecessárias e passíveis de tratamento, que afetam a qualidade de vida e podem estar associadas a outras patologias, como a endometriose.
Na primeira relação sexual, a ruptura do hímen, quando mais estreito, pode causar dor e sangramento, o que não ocorre quando o mesmo é complascente e elástico o suficiente para a relação.
As infecções vaginais por fungos e bactérias podem causar ardência, prurido e dor, inclusive na relação sexual. A anatomia e a umidade favorecem estas infecções.
O temor da penetração, de origem psicológica, causa o vaginismo, que é a contração involuntária e extrema da musculatura vaginal, o que pode impedir a penetração. Quando é relativa, a relação é muito dolorosa e desencadeia outras disfunções sexuais, como a inibição do desejo sexual ou a anorgasmia. Neste caso exige a terapia do casal.
Na falta de excitação sexual, o atrito sem lubrificação causa dor e a vagina não se prepara para receber o pênis. Ocorre também de se perder a excitação durante a relação e passar pelo mesmo desconforto. Para a realização sexual, a lubrificação feminina é tão importante como a ereção masculina.
No climatério e menopausa, elas necessitam de um tempo maior para se excitar, o uso de gel íntimo e/ou hormônios de uso local. A atividade sexual nesta idade é importante para manter o tônus vaginal.
É essencial repetir os bons momentos. Aprender com eles ajuda a superar as dificuldades e a conquistar qualidade de vida sexual.
Maurílio Jorge Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual