A primeira tentativa de implante de prótese peniana, com o intuito de produzir rigidez suficiente para a penetração vaginal, ocorreu em 1936. Desde então diversos modelos de próteses penianas foram desenvolvidos. Atualmente, as mais utilizadas são as semi-rígidas e as infláveis. Conta-se com uma gama variada de próteses semi-rígidas, de diferentes fabricantes.
Em geral, as próteses semi-rígidas são compostas por uma camada de silicone firme que reveste outra de silicone macio (gel), ambas envolvendo uma cordoalha de prata ou aço, que permite uma boa rigidez na ereção e dá ao implante uma maleabilidade satisfatória. São fornecidas em tamanhos e diâmetros variados.
As próteses infláveis são as mais modernas e as que produzem ereções mais semelhantes às naturais, porém estão associadas a um elevado custo, maior dificuldade de implante e maiores taxas de complicações. Uma grande desvantagem das próteses semi-rígidas em relação às infláveis é a dificuldade de ocultá-las e a maior dificuldade de esvaziamento da bexiga em pacientes que já apresentam importantes sintomas obstrutivos da uretra por crescimento benigno da próstata e/ou estreitamento prévio da uretra por diversos motivos.
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O procedimento de colocação de prótese peniana é uma intervenção cirúrgica e como tal deve ser encarada. Alguns pacientes relatam, após a cirurgia, diminuição da sensibilidade na glande e diminuição do tamanho e volume do pênis, podendo ocasionar insatisfação do paciente e da parceira em relação à espessura, tamanho e rigidez do pênis.
Entre os principais riscos e complicações da cirurgia destacam-se a possibilidade de ocorrências de dores persistentes e durante as relações sexuais, retenção urinária, hematomas no pênis, infecções, perfuração da uretra e/ou corpo cavernoso, com possibilidade de ocorrer extrusão da prótese peniana (mais comum nas semi-rígidas), além de defeitos mecânicos da prótese, que ocorrem principalmente nas próteses infláveis.
Mitos e Verdades
- Mito: a prótese peniana restabelece a ereção perfeitamente, como antes do paciente apresentar problemas de ereção.
- Verdade: os pacientes não devem criar falsas expectativas em relação à prótese peniana, uma vez que ela restabelece apenas a rigidez peniana e resolve apenas a dificuldade de penetração. O tratamento com medicamentos de uso oral, lançados depois de 1997, continua sendo a primeira opção no tratamento da disfunção erétil.
Emerson Pereira Gregório, mestre e doutorando em Urologia e titular da Sociedade Brasileira de Urologia