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Promessas de virgindade não atrasam vida sexual

BBC Brasil
31 dez 1969 às 21:33
- Reprodução
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Adolescentes que prometem se manter virgens até o casamento têm a mesma probabilidade de ter relações sexuais do que os adolescentes que não fazem esse tipo de promessas, segundo um estudo recém-divulgado pela Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, de Maryland, nos Estados Unidos.
O estudo também indicou que aqueles que fazem promessas de virgindade têm uma chance maior de fazer sexo sem proteção contra doenças ou gravidez.

Segundo a autora da pesquisa, Janet Rosenbaum, seu método comparou aqueles que haviam feito promessas de virgindade com outros adolescentes com perfis semelhantes, mas que não haviam feito nenhuma promessa.

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O estudo chegou a resultados diferentes de pesquisas anteriores, que comparavam adolescentes de perfis distintos, mais propensos a se envolver em relações sexuais.

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"Os que fizeram promessas de virgindade e aqueles que não fizeram essas promessas não diferem em relação aos índices de sexo vaginal, oral ou anal", disse a autora.

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"Notavelmente, os que fizeram promessas são menos propensos a usar preservativos ou a adotar qualquer forma de controle de natalidade do que os que não fizeram promessas", observa.


Programas oficiais
A pesquisa coletou dados de 934 estudantes do ensino médio que nunca tinham tido sexo ou que haviam feito uma promessa de virgindade.

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Após cinco anos, a proporção de adolescentes que havia mantido relações sexuais entre os que tinham feito promessas de virgindade não diferia da proporção entre os que não tinham feito promessas.


Os dois grupos também não diferiam em relação ao número médio de parceiros no período ou sobre a idade da primeira relação.

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O estudo também indicou que os adolescentes que haviam feito promessas de virgindade tinham uma probabilidade 10% menor de usar preservativos ou qualquer outra forma de controle de natalidade do que seus colegas do outro grupo.


Segundo Rosenbaum, a pesquisa mostra que o tipo de educação sexual recebido pelos adolescentes deve ser o mesmo, independentemente do fato de eles terem feito ou não promessas de abstinência sexual.

O estudo, publicado na última edição da revista médica Pediatrics, observa que o governo dos Estados Unidos vem gastando mais de US$ 200 milhões anuais para promover programas que pregam a abstinência, incluindo promessas de virgindade.


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