O idoso que não faz sexo, na verdade, quando jovem, também não tinha uma vida sexual satisfatória. Provavelmente, na fase adulta não era um aficionado por sexo, ou após o casamento começou a padecer daquilo que chamamos de monotonia sexual.
Este idoso pode padecer mais frequentemente do que os outros de diminuição de hormônios, sejam eles masculinos ou femininos. Desta forma, apresenta quase todos os sinais que aparecem nos indivíduos com déficit hormonal. Pode, por exemplo, apresentar diminuição da elasticidade da pele, hipertrofismo muscular, diminuição da lubrificação vaginal, perda de interesse sexual etc.
As atitudes culturais que desmerecem os velhos e supervalorizam a vitalidade de um conceito idealizado de juventude e saúde são tão fortes que os indivíduos de 60 anos, saudáveis e sexuais, chegam a estranhar suas necessidades de coito. Os idosos chegam a se sentir culpados quando fazem sexo.
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No núcleo de Sexologia e Geriatria de Curitiba, constata-se que os indivíduos de 60 anos que estão no climatério masculino apresentam alterações nos hormônios gonadotróficos, além de apatia, perda de peso, diminuição da libido, alterações na potência, diminuição da concentração, debilidade, fadigabilidade, problemas intestinais, diminuição da necessidade de ejacular, demora para se excitar e diminuição da quantidade de esperma.
Esses são os sinais mais comuns que, ao serem percebidos pelo homem, devem levá-lo ao médico sexologista. Este profissional fará as devidas reposições hormonais, vitamínicas e de sais minerais que normalmente, nesta fase da vida, estão diminuídas, além de tratar as doenças que porventura estejam ocorrendo.
Marilene Vargas, médica pós-graduada em disfunção sexual feminina e masculina