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Orgasmo: satisfação para alguns e tristeza para outros

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
04 ago 2009 às 21:41
Independentemente de religiões, culturas e camada social, as pessoas buscam informações para conhecer melhor o próprio corpo e ter boa vida sexual. - Reprodução
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Afinal, todos os homens e todas as mulheres têm orgasmo? O ideal é que a resposta fosse sim, mas estudos comprovam que nem todos têm. Segundo um estudo sobre o perfil sexual dos brasileiros, publicado pela Revista Brasileira de Medicina, 29% das mulheres disseram que têm dificuldades para atingir o orgasmo. A palavra para este problema é anorgasmia.

Nos últimos anos, o comportamento sexual das pessoas vem passando por transformações. Independentemente de religiões, culturas e camada social, homens e mulheres buscam informações para conhecer melhor o próprio corpo e ter uma vida sexual mais saudável. Mas ainda há muito o que avançar.

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A anorgasmia, por exemplo, é um mal que atinge milhares de pessoas. Ela é a ausência recorrente de orgasmo, após uma fase de excitação normal, ocorrida com estimulação adequada em intensidade e duração.

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A anorgasmia pode ser classificada como primária, que é quando ocorre com pessoas que nunca atingiram um orgasmo, seja por meio da relação sexual ou da masturbação; a secundária ocorre em pessoas que tinham orgasmos em relações sexuais e deixaram de tê-los de forma sistemática; a absoluta, se a pessoa é incapaz de atingir um orgasmo pela relação sexual ou pela masturbação, em nenhuma circunstância; e situacional, se a pessoa pode alcançar um orgasmo, mas só em circunstâncias específicas.

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Há vários fatores - orgânicos e psicológicos, ou ambos - que podem provocar a falta de orgasmo. As mulheres reagem de forma diferente dos homens aos estímulos. A mulher é mais sentimental e romântica. Ela tem que sentir e ser sentida. Já o estímulo do homem é mais visual, ele precisa tocar. As mulheres precisam se sentir bonitas, ter segurança, melhorar a auto-estima.


Entre os fatores orgânicos podemos destacar problemas com a tireóide, circulação sanguínea, cardiopatias, obesidade, diabetes, estar em estado depressivo ou o abuso do cigarro. Essas situações podem comprometer a excitação e, em consequência, a chegada ao orgasmo. A boa notícia é que a anorgasmia tem tratamento, e com ótimos resultados.


No site www.abcdasaude.com.br são apresentadas algumas técnicas para que as mulheres entendam mais o seu corpo. Se a questão for clínica, o melhor caminho é procurar um médico para uma avaliação.

Márcio Dantas de Menezes é médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual


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