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Contração involuntária

O vaginismo pode afetar a sexualidade da mulher?

Sexo e Comportamento - Folha de Londrina
01 out 2012 às 15:15
- Divulgação
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Vaginismo é a contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração do pênis, dedo, espéculo ginecológico ou mesmo tampão. Apesar de até querer o ato sexual, a mulher não consegue controlar o movimento de contração, causando intenso sofrimento. Há dois tipos de vaginismo: o primário, que ocorre desde as primeiras tentativas de coito; e o secundário, que ocorre depois de um período de vida sexual normal e está associada a um evento emocional ou orgânico.

Devemos investigar se há alguma causa orgânica para dor durante o ato sexual, como desequilíbrios hormonais, nódulos ou infecções genitais, ou o uso de medicamentos que diminuem a lubrificação vaginal. As causas psicológicas constatadas cientificamente como desencadeadoras do vaginismo podem ser devido a estupros, educação religiosa severa, sentimentos de culpa, sexo repressor, falta de orgasmos na relação sexual, raiva e brigas no relacionamento do casal.

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Há alguns casos em que a mulher teve uma doença ginecológica que causava dor durante o sexo e, mesmo curando esta doença, ela desenvolve um reflexo condicionado, o qual a faz continuar sentindo dor em suas relações sexuais. O vaginismo é uma disfunção que tem tratamento, no entanto, até a mulher procurar ajuda, muitos anos de sofrimento podem ter se passado e até mesmo desencadeado problemas reprodutivos.

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Não há indicação para tratamento cirúrgico ou medicamentoso na literatura médica atual para o vaginismo. Medicamentos como calmantes, cremes e outros para resolver o problema da dor na penetração são ineficazes, pois é importante lembrarmos que a dor é um sintoma e não o problema a ser tratado, além do mais o exame ginecológico destas mulheres pode ser normal. A terapia sexual ou psicoterapia que trabalhe a sexualidade e o significado emocional do coito são indicados no tratamento. Mulheres que sentem dor na relação sexual ou que não conseguem a penetração no ato sexual devem consultar um ginecologista para diagnosticar a causa e realizar o tratamento adequado o mais precoce possível.

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Patrícia C. Henriques Gomes é ginecologista


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