Como diz a música: ''Mas eu me mordo de ciúme.'' Que ciúme não é um sentimento gostoso de sentir, isso todo mundo sabe. Mas quem nunca sentiu ciúme que atire a primeira pedra.
Quando estamos com alguém, queremos essa pessoa só para a gente. Geralmente a pessoa ciumenta sente uma dificuldade enorme de dividir a atenção do parceiro com outras pessoas, tem medo do abandono, de ser trocado(a) por outro alguém, do fantasma do(a) ex rondando por perto, da própria traição. Existem pessoas que o(a) parceiro(a) não pode virar a cabeça para o lado que o ciúme começa a crescer.
Muitas vezes um passeio pode se transformar em um pesadelo para um dos parceiros. Qualquer ameaça ou insegurança pode fazer um belo fim de semana ser transformado em uma briga sem fim.
O ciúme é uma emoção dolorosa demais. Podemos dizer que existem três graus para definir o ciúme. O primeiro ocorre vez ou outra, não chegando a ser um problema. No segundo, há a insegurança e o medo de ser abandonado e, por último, o ciúme patológico, quando o ciumento acha que toda suspeita é verdadeira.
Podemos detectar alguns sinais de patologia quando um dos parceiros vive ''checando'' a agenda e o celular do outro, controla demais o horário, com perguntas do tipo ''você estava com outra pessoa?'', ou quando se proíbe o outro de alguma atividade em que não se é incluído.
A psicoterapia tem ajudado casais a encontrarem o tempero certo da relação, resgatando a auto-estima e a confiança em si mesmo, melhorando assim o dia-a-dia dos dois.
Mitos e Verdades
- Mito: é normal um dos parceiros sentir ciúme do outro, isso é prova de amor.
- Verdade: o ciúme limita, oprime e sempre angustia quem o sente.
Lucianne Fernandes é psicóloga clínica especialista em Sexualidade Humana