Uma pesquisa encomendada pela Pfizer e realizada pela professora Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, mostrou que 50,3% dos curitibanos afirmaram ter capacidade de sempre manter o pênis ereto durante as relações sexuais. A outra metade, entretanto, dividiu-se na resposta: 44,2% sinalizaram manter a ereção na maioria das vezes, 5% apenas às vezes , enquanto 0,3% dos curitibanos responderam "nunca sou capaz de manter o pênis ereto".
O levantamento, intitulado Mosaico Brasil, ouviu 364 homens e 382 mulheres na capital paranaense, todos acima dos 18 anos. A freqüência semanal com que homens e mulheres fazem sexo trouxe resultados diferentes: curitibanos disseram ter três relações por semana, enquanto as curitibanas responderam duas. Em média, duas relações sexuais acontecem no mesmo encontro, com a segunda ocorrendo em até uma hora depois da primeira para mais de 60% das mulheres e 72% dos homens.
Pela pesquisa, mais de 70% dos respondentes têm consciência de que a realização sexual depende do casal. Entre sentir vontade de ter uma relação íntima e abordar a parceria, 65,5% dos homens e 55,8% das mulheres o fazem em até meia hora. Já o número de pessoas que esperam o outro fazer tal abordagem foi pequeno entre os homens: 3,5% contra 18% das mulheres.
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Porém, o desempenho sexual é uma preocupação freqüente para praticamente 90% dos curitibanos de ambos os sexos. Mais de 60% dos homens e mulheres da capital têm medo de decepcionar o(a) parceiro(a): Outro fator que influencia o sexo, de acordo com homens e mulheres, é a auto-imagem. Para 58,3% dos curitibanos e 71,5% das curitibanas, sentir-se bem fisicamente impacta positivamente na relação sexual.
Saiba mais:
Entende-se por disfunção erétil a incapacidade de atingir e/ou manter uma ereção suficiente para um desempenho sexual satisfatório. A disfunção psicogênica é mais freqüente em pessoas de menos idade. Geralmente relacionada à insegurança. Com o avançar da idade, é comum o homem sentir maior dificuldade em manter o pênis ereto, por razões de origem orgânica – normalmente associada a casos de pressão alta, diabetes e problemas cardíacos – ou mista (mescla de origem orgânica e psicogênica). Em homens mais velhos, o grau da disfunção pode variar de leve, moderada a completa.
Entre a população masculina de Curitiba que decidiu usar um medicamento para melhorar a ereção, apenas 21,1% não consultaram suas parceiras antes. E as mulheres mostraram aceitar o uso: somente 6,7% das curitibanas foram totalmente contra. No entanto, apesar dos 10 anos de Viagra, em torno de 40% das mulheres entrevistadas revelaram não saber se o homem deve ou não usar o medicamento, o que demonstra que ainda é necessário maior entendimento sobre o assunto.
Existe tratamento para todos os graus e tipos de disfunção erétil. Inclusive, portadores de insuficiência cardíaca, pressão alta e outras enfermidades relacionadas ao coração podem fazer uso de medicamentos, como Viagra, se não houver restrição médica. Justamente nesses casos, a maioria dos pacientes se beneficia do uso.