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Infecções orais causadas pelo HPV podem ser evitadas

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
29 out 2013 às 15:41
- Divulgação
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Infecções orais associadas aos cânceres de orofaringe, como: amígdalas, base da língua, palato mole e paredes da cavidade interna da faringe, podem ser evitados por meio da vacina contra o Papilomavirus humano (HPV). A descoberta – feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – aponta que a vacina reduz em mais de 90% as infecções orais pelos tipos 16 e 18 do HPV.


Segundo Adriana Karolina Roman Smaniotto, médica ginecologista e obstetra, há cerca de 200 tipos de HPV no total. "Este vírus é transmitido sexualmente e pode acometer mulheres e homens", observa. "Compartilhar toalhas e roupas íntimas também podem transmitir o vírus", complementa Adriana.

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De acordo com dados da OMS, surgem por ano, 85 mil novos casos de Câncer de orofaringe. Normalmente relacionados ao consumo de álcool e tabaco, o estudo indica que 30% dos casos destas doenças são decorrentes do HPV, por meio da prática do sexo oral. A mesma pesquisa ainda relata que homens têm quatro vezes mais chances de serem afetados pela doença do que as mulheres.

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Nos homens

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Rafael Azambuja Patinõ Cruzatti, médico urologista, ressalta que os cânceres relacionados ao HPV também são comuns nos homens. "A vacina destinada às mulheres são eficazes para os homens tanto como são para elas", explica.


Segundo um estudo realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, a vacinação nos meninos – com idade entre 11 e 21 anos poderia auxiliar na prevenção do HPV em todo o mundo. "A vacina é mais popular entre as jovens, devido à relação do HPV com o Câncer de colo de útero", observa. "Como não existe esta ligação, de doenças agressivas no homem por meio do HPV, a vacina se restringe ao público feminino, mesmo sendo de grande importância para eles também", complementa Cruzatti.

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Para vacinar


O Ministério da Saúde destaca que meninas de onze a 13 anos serão vacinadas a partir de 2014 contra o vírus do HPV. A partir de 2015, a vacinação vai abranger meninas dos nove anos até os onze. A imunização ocorrerá de forma estendida – a segunda dose da vacina será aplicada seis meses depois da primeira, a terceira dose, cinco anos após.

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Com a autorização dos pais, a vacina vai ser utilizada para combater quatro tipos do vírus, que são responsáveis pelo alto índice de casos de Câncer de colo de útero no Brasil. Quem não quiser aguardar até o próximo ano e quiser pagar pela vacina, pode procurar por Clínicas Privadas que ofereçam a imunização. Adriana explica que existem dois tipos de vacina no mercado: a bivalente, que protege contra os vírus 16 e 18 e a quadrivalente – também chamada de tetravalente – que abrange também, os tipos 6 e 11, presente em 90% das verrugas genitais. "Ambas cumprem o papel principal de prevenir contra o Câncer de colo de útero. O médico especialista é que pode indicar
qual delas escolher, com base no histórico de saúde da paciente e da vida sexual que possui", ressalta a ginecologista. Adriana ainda destaca que o ideal é receber a vacina a partir dos nove anos, antes de iniciar a vida sexual. "A recomendação do Ministério da Saúde é tomar até os 26 anos, mas, mulheres de todas as idades podem receber a imunização", complementa.


Prevenção

Cruzatti lembra que a vacina não é o único meio de prevenção. "O uso da camisinha é indispensável para diminuir a contaminação", observa o urologista. Para ele, o preservativo e a vacina devem ser combinados, além das visitas regulares ao médico para realização dos exames preventivos.


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