A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de casos de DSTs por ano. Nessa estimativa, não estão incluídos os casos de herpes genital e o HPV. Os números são alarmantes.
Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde sugere que mais de 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de uma doença sexualmente transmissível (DST). Desse total, cerca de 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscaram atendimento médico.
Os problemas causados pelas DSTs podem aumentar em até 18 vezes as chances de contrair o vírus da Aids. Grande número de infecções é transmitida, predominantemente ou exclusivamente, por contato sexual.
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Algumas DSTs são de fácil tratamento e rápida resolução. Outras têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora.
Há tipos de DSTs, que quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como a Hepatite B. A Aids e sífilis podem ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação.
O tratamento melhora a qualidade de vida da pessoa acometida, interrompe a cadeia de transmissão destas doenças e também diminui o risco de transmissão do HIV/Aids, pois as feridas nos órgãos genitais favorecem a entrada do vírus.
Quando não tratadas, podem levar a consequências trágicas. Um HPV pode originar um câncer de pênis no homem e câncer de colo de útero na mulher. Algumas uretrites mais graves podem levar a uma estenose da uretra, sífilis pode originar consequências neurológicas graves, assim como promover o aparecimento de lesões genitais, que podem levar a cicatrizes e deformidades no corpo do pênis.
Usar preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DSTs, em especial do vírus HIV. Entretanto, ainda nos dias de hoje, muitos homens acreditam que o preservativo leva à redução da masculinidade, menor sensibilidade peniana, entre outros mitos ligados ao uso de preservativos e o ato sexual. Por isso, ainda não aderiram totalmente à prática do sexo seguro.
Esses homens e suas parceiras estão muito mais expostos aos riscos de DSTs se comparados a uma população que pratica o sexo seguro. Esse grupo de homens que, por alguma razão, não utiliza o preservativo, apesar de não representar a maioria, ainda engloba uma parcela significativa da população.
Oskar Kaufmann, médico urologista (São Paulo)