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Tabagismo

Fumo afeta o desempenho sexual do homem?

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
09 mar 2010 às 19:34
- Reprodução
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O tabagismo é um grande problema de saúde pública no mundo inteiro, atingindo homens, mulheres, adolescentes e até crianças. No Brasil, as estatísticas apontam que entre 15% e 25% da população fuma, sendo este índice maior nas regiões industrializadas e mais prevalente no sexo masculino.

No passado, o cigarro promovia status de ''glamour'' e ''rebeldia'' a seus usuários, principalmente pela influência de artistas da TV e do cinema. Felizmente este quadro mudou, e atualmente há uma maior conscientização acerca dos riscos e malefícios do tabagismo, sendo cada vez maior o número de pessoas que abandonam (ou tentam abandonar) o vício.

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Estamos acostumados a ver campanhas anti-tabagismo que focam nos efeitos prejudiciais do cigarro ao coração, pulmões e gravidez, e estas são as principais preocupações das pessoas que tentam parar de fumar. Porém, nas últimas décadas, os estudos científicos têm colocado cada vez mais em evidência a relação entre o fumo e a disfunção erétil.

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O cigarro afeta a ereção de várias maneiras. Um estudo publicado em 2001 mostrou que o tabagismo tem uma grande influência na redução das concentrações de óxido nítrico, um importante mediador no relaxamento das artérias penianas - essencial para a ereção. Também é notório o efeito deletério do fumo no aumento da incidência de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, que nada mais são do que obstruções das artérias do coração e do cérebro, respectivamente. Do mesmo modo, esta obstrução ocorre também nas artérias penianas, e contribui sobremaneira para o surgimento da impotência sexual.

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Pesquisas recentes demonstraram que os fumantes apresentam uma prevalência de 15% de disfunção erétil, além de um risco duas vezes maior de desenvolver a doença em relação aos não fumantes. Estes efeitos são, também, dose-dependentes: quanto maior o número de cigarros consumidos e maior o tempo de tabagismo, maior também é o risco de perder a ereção. É interessante notar que entre os fumantes impotentes a melhora clínica com o uso de drogas específicas é menor do que nos não fumantes com o mesmo problema.


Portanto, a cessação do tabagismo deve ser uma meta para todos os homens que desejam não só uma vida longa e saudável, mas também anseiam por um desempenho sexual satisfatório e longevo.

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Mitos e Verdades


- Mito: quem abandona o cigarro diminui o risco de ficar impotente


- Verdade: apesar de diminuírem os índices de disfunção erétil, os ex-tabagistas dificilmente atingem o mesmo patamar estatístico das pessoas que nunca fumaram

Juliano Plastina, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)


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