O ser humano é altamente ineficiente em termos de reprodução se o compararmos a outras espécies. A possibilidade de o casal conceber por ciclo está em torno de 20%; e após um ano de vida sexual regular, 93% dos casais conseguem gravidez, todavia após dois anos, somente 2% conseguem a gravidez. Isso significa que o primeiro ano de convivência sexual do casal constitui o grande teste de fertilidade.
Estima-se que a dificuldade de gravidez tem a responsabilidade do homem em torno de 40%; a mulher participa também com 40%. E em 20% dos casos de infertilidade, encontramos problemas em ambos os parceiros.
A fertilidade dos casais tem apresentado declínio desde o século passado, e isso se deve à participação da mulher nas atividades profissionais.
A necessidade de um avanço profissional constante faz com que a mulher opte por engravidar aproximadamente em torno dos 35 anos (às vezes até além desta idade), período em que tem início uma queda da possibilidade de gravidez, tornando-se torna rara aos 40 anos, e improvável até os 45 anos.
As provas e testes clínicos e laboratoriais habitualmente são indicados aos casais que após um ano de convivência regular sexual não conseguiram a gravidez. Porém, algumas características indicam a probabilidade de infertilidade no casal, tornando-se aconselhável a verificação por meio de um especialista.
Ciclos menstruais irregulares desde a puberdade, dor menstrual intensa, passado de aborto, passado de infecção ginecológica por DST, passado de cirurgias ginecológicas (cistos, inflamações, entre outros), presença de pêlos em excesso, principalmente quando associados à obesidade, e transtornos menstruais são algumas destas características.
Como a infertilidade é do casal, o parceiro sexual deve também ser investigado. Todavia, no homem, o exame do sêmen (espermograma) é a máxima importância na determinação da fertilidade masculina.
Osmar Henriques, médico especialista em reprodução humana