Desde sempre, a mulher e o homem ocupam papéis bem diferentes na sociedade. A mulher, marcada pela figura da mãe, é acolhedora, sensível, receptiva. Já o homem tem a imagem de força, astuto, seguro, racional. Diferenças que se estendem pelos séculos, passando por revoluções e grandes mudanças na sociedade.
Hoje, a mulher já pode exercer o papel do homem. No entanto, sua essência feminina não se modificou, ainda é o lado mais sensível de um ser humano. A mesma coisa acontece com o homem, que mesmo em uma sociedade moderna, em que o sexo masculino está cada vez mais interessado nos cuidados com a aparência e se responsabilizando pelas tarefas domésticas, ainda tem seu masculino ''à flor da pele'', continua carregando ego e agressividade característicos do sexo.
O homem foi ensinado a ser prático, lógico, a negar e reprimir seu feminino interior, a não conectar e reconhecer as emoções, os sentimentos. A mulher contemporânea tem aprendido a ter atitudes mais masculinas, rígidas e competitivas tendo que negar e reprimir sua sensibilidade e intuição, isso a deixa desamparada. Ambos por estarem separados de sua fonte de força interior se sentem sós e perdidos.
Leia mais:
Comportamento de risco aumentou infecções sexualmente transmissíveis
Programas focados em abstinência sexual não são eficazes, diz SBP
Evento em Londrina discute vida sexual em relacionamentos longos
Você sabia que colesterol alto pode levar à impotência?
A união da energia masculina com a feminina é a base de toda criação. Para integrar o masculino e o feminino em nossa vida, primeiramente precisamos aprender a silenciar nossa mente, silenciar os julgamentos para então acolher a experiência que estamos vivendo, abrir o coração para compreender, aceitar as fragilidades, acolher as frustações, perdoar, respeitar a dor quer seja física, emocional, mental ou espiritual, e, à medida que esse movimento se desenvolver de forma harmoniosa entre o coração e a mente, também a pessoa estará vivendo melhores relações com o parceiro/a, com os filhos, familiares, colegas de trabalho, ocorrendo uma mudança gradual em todas as relações
O certo é que o autoconhecimento e a aceitação de si mesmo e das energias presentes tanto no lado feminino quanto no masculino do indivíduo são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e as relações com o próximo, seja ele homem ou mulher.
Erica Brandt, psicoterapeuta especializada em Psicologia Transpessoal