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Método contraceptivo

Especialista esclarece dúvidas sobre uso de anticoncepcional

Redação Bonde
16 jul 2014 às 09:21
- Reprodução
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A pílula anticoncepcional auxilia na prevenção de uma possível gravidez indesejada, ajuda a manter o ciclo menstrual regulado e proporciona alguns benefícios à saúde da mulher. Porém o uso contínuo da pílula gera muita discussão e várias dúvidas sobre a sua ação a longo prazo na fertilidade da mulher.

Portanto, para falar um pouco mais sobre a ação do medicamento no funcionamento do sistema reprodutivo feminino, o ginecologista especialista em reprodução humana da clínica Criogênesis, Renato de Oliveira, esclarece os principais questionamentos das futuras mamães. Confira abaixo:

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1 – Os contraceptivos orais influenciam na fertilidade feminina?

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Provavelmente, não. Há uma carência de estudos bem estruturados para entender se pacientes inférteis, ou seja, que tentam gravidez por mais de uma ano sem o uso de nenhum método contraceptivo, estariam nesta condição pelo uso da pílula anticoncepcional. No entanto, sabe-se que, principalmente a idade, além de alguns hábitos das mulheres, possuem importante impacto na fertilidade feminina.

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2 – Para quem sofre de ovário policístico, tomar contraceptivos orais funciona como tratamento para estimular a fertilidade?


Não. Ter ovário policístico não significa, necessariamente, ter a síndrome dos ovários policísticos. Além disso, o contraceptivo oral é considerado a primeira linha de tratamento para quem não deseja gravidez. Diferentemente para as pacientes com desejo reprodutivo. Nestas mulheres, seu uso prévio a estimulação da ovulação é controverso. Acredita-se que poderia reduzir o nível dos hormônios masculinos na mulher, além de equilibrar outros hormônios como o FSH e o LH e aumentar a globulina carreadora de esteroides sexuais. Isto melhoraria o resultado da estimulação ovariana, mas são escassos os conhecimentos na melhora da taxa de gravidez.

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3 – O uso da pílula por muito tempo interfere na fertilidade da mulher?


Sim. Um dos poucos estudos nacionais sobre o assunto evidenciou que o uso de pílula anticoncepcional, a partir do segundo ano, apresenta um aumentou no prazo para obter uma gravidez, quando comparado aos grupos sem uso de anticoncepcional e ao grupo que o usou por até um ano. Porém, deve-se ressaltar que o uso da pílula, por longo tempo, pode postergar um pouco a gravidez e não tornar a paciente incapaz de engravidar.

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4 – Tomar anticoncepcional sem saber que está grávida faz mal ao bebê?


Não. A pílula contém progesterona, hormônio que ajuda a manter a placenta. O que pode ocorrer é um pequeno sangramento, que geralmente é confundido com a menstruação, fazendo com que a mulher não perceba a gravidez logo de início. Porém, logo as mudanças físicas vão aparecendo, revelando a gestação.

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5 – É possível engravidar nos 7 dias de intervalo entre uma cartela e outra?


Não. Desde que a mulher tenha feito o uso correto, não existe nenhum momento fértil para que possa surgir uma gravidez.

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6 – O anticoncepcional pode mascarar problemas que realmente causam infertilidade?


Sim. O fato de a pílula anticoncepcional, geralmente, permitir ciclos menstruais regulares, postergaria a descoberta de outras causas de infertilidade assim que a paciente desejar a gravidez.

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7 – O uso da "pílula do dia seguinte" pode interferir na fertilidade feminina?


Depende. O uso abusivo da pílula do dia seguinte pode levar a distúrbios hormonais relacionados à infertilidade. Vale ressaltar que o uso é indicado apenas em casos de emergências.


8 – É normal a menstruação atrasar após a suspensão do uso de anticoncepcional?


Não é normal. Os efeitos dos contraceptivos orais são reversíveis e, se a paciente não tiver nenhum outro problema, retomará ciclos regulares e a possibilidade de fertilidade. Obviamente, há exceções e pode ocorrer um atraso em alguns casos.


9 – O anticoncepcional pode falhar?

Sim. Não existe nenhum método 100% e as chances de falhar aumentam se a mulher tiver náuseas e vômitos, diarreia, tomar bebida alcoólica, esquecer ou tomar fora do horário. Alguns antibióticos, antidepressivos e antirretrovirais também podem cortar o efeito do anticoncepcional.


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