Não, esse não é mais um daqueles textos discutindo as mudanças do comportamento sexual das pessoas com o surgimento da internet. Não é sobre sexo virtual. O objetivo deste texto é orientar as pessoas sobre as informações colhidas na internet sobre problemas e disfunções sexuais.
Quando se digita a expressão ejaculação precoce no site Google, um dos endereços eletrônicos de busca mais utilizados, se obtém 196 mil referências.
Já para ''aumento peniano'' são encontradas 391 mil referências. Considerando que não existe nenhuma técnica aprovada cientificamente ou mesmo legalmente para uso em nosso país (exceto em protocolo de pesquisas), se deveria esperar que todas essas referências tivessem como objetivo explicar somente essa informação. Mas não é o que acontece.
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Esses ''sites'' divulgam tratamentos manuais, fisioterápicos (que me perdoem os fisioterapeutas, mas está descrito como sendo instrumento fisioterápico) e até cirúrgicos.
Por que essa profusão de informação de origem duvidosa? A resposta é: comércio! As pessoas que apresentam alguma insegurança sexual são frequentemente vítimas de toda essa cadeia comercial que envolve o sexo na sociedade moderna.
Então, para não sermos mais uma vítima, sempre compare as informações e desconfie de fontes que vendem algum produto ou tratamento. A internet é ótima, ela melhorou nossa vida em muitos pontos. Mas, em se tratando de problemas de saúde, informações falsas podem causar mais ansiedade, medo e sofrimento. Informe-se, procure sempre um profissional da sua confiança.
Sílvio Henrique Maia de Almeida - professor de Urologia da Universidade Estadual de Londrina e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia