A Organização Mundial de Saúde reconheceu a compulsividade em relação ao sexo como doença, rotulando como impulso sexual excessivo.
A hipererosia ou compulsividade em relação ao sexo é uma doença altamente depressiva capaz de comprometer o indivíduo como um todo, seu trabalho, sua vida familiar, social e afetiva. Não pode ser confundido com o desejo acentuado, visto que ter desejo sexual praticamente todos os dias não é doença. Por isso as pessoas que sentem uma necessidade sexual maior podem estar incluídas nesta denominação, mas nem sempre. Para ser tomado como algo patológico, o comportamento sexual compulsivo deveria causar sofrimento emocional e proporcionar sérias consequências familiares e financeiras.
Para um diagnóstico psicológico objetivo reconhecer um indivíduo como compulsivo é indispensável se observar características da personalidade do mesmo, que passa a ter pensamentos obsessivos em relação a sexo, comportamentos sexuais impróprios e exagerados, vontade de praticar sexo um número incontrolável de vezes num curto período de tempo. Muitos chegam a listar nomes e telefones dos parceiros com os quais já se envolveu sexualmente.
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A compulsão sexual atinge de 3% a 6% da população e, geralmente, do sexo masculino. O CID-10 classifica o distúrbio como ''impulso sexual excessivo'', incluindo nele a ninfomania, que é um termo que significa um desejo excessivo, patológico, quando se trata do sexo feminino.
O sexo por telefone e a pornografia, que são formas anônimas de sexo, também entrariam no rol das dependências sexuais não parafílicas na visão de alguns autores. Para outros, trata-se, inclusive, de um subtipo de parafilia. Há algum tempo a parafilia, pela nossa sociedade, era chamada de perversão ou tara.
Existe tratamento adequado para compulsividade em relação ao sexo, mas o individuo só irá melhorar se ele realmente encarar como doença e levar a sério o tratamento.
Marilandes Ribeiro Braga - psicóloga e terapeuta sexual (Londrina)