Fundamentais para o prazer mútuo, as zonas erógenas são imprescindíveis para a mulher. Qualquer parte do corpo em que se tem sensibilidade constitui uma zona erógena em potencial.
Algumas, classificadas como primárias, são comuns a todos os seres humanos e incluem, claro, as regiões genitais. No homem, estas zonas são a glande, a bolsa escrotal, a face interna das coxas, o ânus, o períneo e as nádegas.
Entre as femininas estão os grandes e pequenos lábios vulvares, a região posterior da vagina, a haste do clitóris e a área próxima aos pêlos, conhecida como monte de Vênus. Os seios, quando estimulados, desencadeiam uma reação que atinge todo o aparelho genital. O útero se contrai, o clitóris enche de sangue e enrijece, os mamilos entumecem.
Outro ponto altamente erótico tanto para o homem como para a mulher é a nuca, também classificada como zona erótica primária, já que esta sensibilidade tem origem primitiva. Entre os mamíferos, o macho subjuga a fêmea mordendo a parte de trás do seu pescoço. Como a sensação é agradável, ela se deixa possuir. Com os seres humanos as sensações são similares.
Já as zonas eróticas secundárias variam de povo para povo, cultura para cultura e até de pessoa para pessoa. O beijo, por exemplo, é um costume tipicamente ocidental.
Há quem fique excitado com uma mordida na orelha, uma confidência no ouvido e até um cafuné. O estímulo das zonas erógenas não pressupõe uma ação forte, rápida e repetida. Isto não excita ninguém. A carícia é muito mais gostosa quando feita de forma suave e lentamente, sem pressão.
Marilene Cristina Vargas, médica do Núcleo de Sexologia de Curitiba e membro do Comitê Científico da Sociedade Internacional de Orgasmologia New Delhi