Sexualidade

Conheça os mistérios da menopausa que a ciência não conseguiu resolver

25 jan 2016 às 16:26

A ciência ainda não tem respostas para algumas questões básicas a respeito da menopausa: para que ela serve? Como funciona? Qual a melhor forma de tratamento?

Uma reportagem detalhada na revista especializada Nature afirma que "a vida útil dos ovários humanos está determinada por uma coleção de fatores genéticos, hormonais e ambientais completa e altamente não identificada".


Também é pouco o que se sabe sobre quando os ovários começam a falhar e os níveis de hormônio começam a flutuar. Do ponto de vista biológico ou intelectual a menopausa também não faz muito sentido.


Em um livro lançado recentemente sobre a ecologia dos primatas é explicado que a "menopausa ainda é considerada uma característica distintiva dos humanos".


Vivemos muito além de nossa idade reprodutiva e, para ajudar a explicar as implicações deste fato existe a chamada "hipótese da avó". Segundo este raciocínio as mulheres vivem muito além da idade reprodutiva pois sua presença beneficia os filhos e netos.


Comportamento diferente
Uma mulher pode nascer com mais de um milhão de óvulos em seus ovários. A cada mês um destes óvulos é liberado, um processo desencadeado pela liberação de hormônios, incluindo estrogênio.


Depois dos 40 anos, os ovários começam a excretar menos estrogênio e, citando a organização especializada em saúde feminina Women's Health Concern, isto faz com que o corpo se comporte de "uma forma diferente". O corpo de cada mulher reage de uma forma diferente às mudanças dos níveis de estrogênio, dificultando certos diagnósticos de menopausa.


As diretrizes do Instituto Nacional para Saúde e Excelência do Cuidado (NICE, na sigla em inglês), um instituto do governo para a melhora da saúde e o cuidado social na Inglaterra e País de Gales, advertem contra qualquer outro procedimento que não seja a observação para o diagnóstico.


Durante a conferência anual da Sociedade Britânica de Menopausa foram revelados vários dados. Por exemplo: as doenças cardiovasculares são a causa de morte mais comum entre as mulheres, dez vezes mais que o câncer de mama, segundo o cardiologista Peter Collins. Outro problema: são receitados muitos remédios e feitas muitas recomendações de forma irresponsável: lubrificantes vaginais, isoflavonóides, vitamina D e antidepressivos, vitaminas etc.

A mensagem espantosa passada durante a conferência foi consistente: um transtorno que afeta metade da população mundial está tristemente negligenciado. Não há dados nem medicamentos suficientes. A falta de atenção em relação à menopausa e a saúde da mulher em geral sempre dificultou a vida de qualquer um que tente cuidar de uma mulher nesta fase. (Leia a matéria na íntegra no site da BBC)


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