Os portadores do vírus do HIV podem ter uma vida sexual normal, usando o método de barreira (camisinha), que é o mais seguro para evitar a transmissão do HIV.
Mesmo ambos sendo HIV positivo, é necessário o preservativo, pois o vírus se divide muito, e uma forma diferente do vírus (após as inúmeras divisões) poderá recontaminar o parceiro com um vírus diferente.
Se a pessoa estiver usando medicamento anti-retroviral (para o vírus do HIV), poderá haver a transmissão de um vírus com mutação de resistência para esse medicamento, dificultando o tratamento do parceiro.
O mesmo ocorre quando ambos são HIV positivo, com subtipos diferentes (pois existem vários tipos diferentes de HIV). O vírus de um determinado parceiro, com maior patogenicidade, poderá reinfectar o outro, piorando o seu quadro clínico.
O casal soro discordante - marido HIV negativo e esposa HIV positivo - que quiser ter filhos deve fazê-lo por inseminação artificial, ou deve ser coletado o esperma e introduzido na esposa.
Já o casal marido positivo e mulher HIV negativo, para a gravidez, usa-se o esperma lavado (técnica que deixa apenas o espermatozóide, separando-o do restante do sêmen, pois o vírus está no sêmen). Após este preparo, faz-se a fertilização in vitro.
O risco de contaminar o recém-nascido, quando se trata de mulher HIV positivo, varia de 20% a 40%, durante o trabalho de parto (80% das contaminações ocorrem durante o trabalho de parto). Contudo, quando são utilizados medicamentos, o risco cai para 2%.
A transmissão depende muito da carga viral da pessoa infectada. Nas primeiras semanas após a contaminação é altíssima a carga viral, e a pessoa ainda não tem anticorpos contra o vírus, portanto, ela está infectada e seu exame (sorologia) é negativo. Neste período é quando ocorre o maior número de contaminações.
No Brasil, 340 pessoas são contaminadas, por dia, pelo vírus HIV, e no mundo são contaminadas cinco milhões por ano.
Mitos e Verdades
- Mito: o sexo oral não transmite o HIV
- Verdade: em toda relação sexual, seja entre portadores ou não de HIV, é necessário o uso de preservativo
Marcelo Mendonça, ginecologista e obstetra