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Jogar para o alto!

Começar novo relacionamento do zero: loucura ou coragem?

Saúde - Folha de Londrina
04 mar 2011 às 14:39
- Reprodução
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Encontrei uma amiga recentemente, casada há 20 e poucos anos, três filhos. Surpreendeu-me a informação que me deu. Revelou que se apaixonou por um alemão, separou-se do marido, deixou a família toda com ele e foi para a Alemanha viver o seu grande amor.

Uma colega que estava por perto comentou a coragem do ato que ela tomou. Neste momento, ela questiona: coragem ou loucura?

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Esse tema é bastante interessante e poderíamos agora explorá-lo um pouco.

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Afinal, quando saber se o que estamos fazendo é coragem ou loucura?

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Atos de coragem frequentemente acompanham um frisson na barriga, são calculados, pensados, organizados.


''Loucuras'' fazem parte de atos que tomamos muitas vezes, sem pensar nas consequências. Todo comportamento que temos envolve ganhos e perdas. Se avaliado devidamente, começa a pertencer a categoria ''coragem''. Vejam bem: se eu vou fazer uma grande mudança em minha vida, em que pessoas estejam envolvidas, deveria pensar em como esta mudança afetará cada uma dessas pessoas. Se, por exemplo, calculo os prejuízos, organizo saídas, planejo soluções a pequenas dificuldades, provavelmente estou me preparando para um ato de coragem. Lembrem-se que ''corajoso é aquele que faz com medo'', sim, sente medo, mas exatamente porque planejou, previu, conversou, se comprometeu com a responsabilidade do ato, alicerçou seu comportamento sem prejudicar-se ou a outros, está pronto para ''decolar''.

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Caso este comportamento lhe traga consequências danosas ou a pessoa comece a sentir-se mal, pode ''rever'' o que fez; às vezes, pequenas mudanças serão suficientes para que todo o sistema fique ''ecológico''.


Se acompanharmos o desenrolar dessa pequena história, saberemos se o ato dessa mulher foi coragem ou loucura. Se todos se beneficiarem, se houver coesão nas atitudes tomadas, provavelmente trata-se de um ato de coragem. Caso contrário, podemos supor que a loucura da paixão cegou-a, impedindo-a de perceber possíveis danos futuros.


E você, pratica mais atos de coragem ou de loucura?

Rebeca Fischer é psicóloga e instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística, em São Paulo.


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