Antigamente, a expectativa de vida para um HIV positivo infantil era muito pequena, mas essa realidade foi alterada com o advento das terapias à base de medicamentos anti-retrovirais. Algumas ONGs trabalham com o objetivo de ajudar essas crianças e jovens e os resultados têm sido bastante positivos.
Na cidade de São Paulo, um exemplo desse trabalho é o Projeto Reviver, que oferece serviços como atendimento psicológico, odontológico e orientação nutricional a mais de 80 crianças e realiza 350 atendimentos por mês.
Um dos pontos principais do trabalho é o atendimento psicológico, já que esses adolescentes terão uma vida diferenciada. As meninas, por exemplo, vivenciam um conflito pelo desejo da maternidade.
Além disso, há a questão do preconceito, da sexualidade e o inevitável: quando contar à criança que ela é portadora do vírus HIV. Esclarecer o diagnóstico para a criança torna-se necessário quando ela mostra curiosidade.
Um tema bastante trabalhado com esses adolescentes é o da sexualidade. No Projeto Reviver, eles chegam com relatos de que ''ficaram'' na escola e tudo isso precisa ser bem trabalhado.
Mesmo nas relações entre pessoas HIV positivo é preciso usar preservativo, pois há variações do vírus e pode acontecer uma recontaminação. Além disso, é necessário se proteger de outras doenças sexualmente transmissíveis. Além da consciência da camisinha, o portador deve informar o parceiro de sua condição.
Vítor Cavalcanti, especial para a Agência Estado
MITOS E VERDADES
- É verdade que ainda não existe perspectiva sobre a cura da Aids. A boa notícia é que a doença pode ser controlada e as pessoas infectadas podem viver com dignidade.
- O Brasil é exemplo mundial na distribuição de medicamentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida dos portadores do vírus.