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Hormônios

A síndrome do ovário policístico pode ser controlada?

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
11 dez 2009 às 18:39
- Reprodução
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Alterações menstruais constantes constituem-se num sinal de alerta para as mulheres, pois podem indicar a presença de ovários policísticos.

A mulher que apresenta a moléstia menstrua a cada dois ou três meses e, frequentemente, tem apenas dois ou três episódios de menstruação por ano. Outro sintoma da doença é o hirsutismo, ou seja, o aumento de pêlos no rosto, nos seios e na região do abdome.

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A obesidade também é um sintoma prevalente. Na verdade, a obesidade agrava a Síndrome dos Ovários Policísticos. Às vezes, a paciente não tem as manifestações sintomáticas, mas quando engorda, elas costumam aparecer.

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A mulher que apresenta ovários policísticos produz uma quantidade maior de hormônios masculinos, os andrógenos. O principal problema que este desequilíbrio hormonal provoca está relacionado com a ovulação. A testosterona produzida pela mulher interfere neste mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos, porque eles resultam de um defeito na ação dos hormônios do ovário, impedindo a ovulação.

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As pacientes com ovários policísticos, até os 23-25 anos de idade, ovulam esporadicamente. É comum a referência de que antes dos 23 anos elas tiveram um ou dois filhos. Depois, não conseguiram mais engravidar. Para fazer com que estas pacientes voltem a ovular, elas precisam ser tratadas com um indutor da ovulação, o clomifeno. Administrado por via oral, cinco dias por ciclo, o clomifeno é capaz de corrigir as anomalias endócrinas e provocar ovulação. Grande parte das mulheres consegue engravidar, após usá-lo.


Entretanto, outras pacientes não respondem tão bem ao medicamento e não conseguem engravidar. Nestes casos, é necessário buscar outra recomendação terapêutica, por exemplo, estimular os ovários com o emprego de gonadotrofinas, o que se faz normalmente na fertilização in-vitro.


Dependendo da avaliação médica, a paciente também pode ser submetida à uma cauterização laparoscópica. Através de três pequenas incisões na parede abdominal, os cistos são cauterizados. Com isso, as pacientes começam a menstruar, ovulam e ficam grávidas. Muitas chegam a menstruar regularmente até à menopausa.

Joji Ueno, ginecologista e especialista em reprodução humana (SP)


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