Sexualidade

A pílula do dia seguinte é um abortivo?

10 jun 2009 às 20:20

A pílula do dia seguinte é um método de emergência usado em situações excepcionais quando outros métodos não puderam ser usados. Portanto, não é um método de uso rotineiro.

O mecanismo de ação pode ser pela inibição ou retardo da ovulação, mas pode também atrapalhar o transporte do óvulo e a capacitação do espermatozóide. Outra forma de ação é causar a interferência na implantação de um embrião, o que poderia provocar um aborto.


A dose recomendada, de dois comprimidos, é equivalente a 15 pílulas anticoncepcionais comuns, portanto, este método deve ser usado com muita cautela em mulheres predispostas a doenças circulatórias.


A pílula precisa ser ingerida o mais precocemente possível, pois, após 24 horas, somente 85% das gestações são evitadas, e, após 48 horas, somente 58%. Os efeitos colaterais mais comuns são náuseas, fadiga, cefaléia, dor abdominal e sensibilidade mamária.


Mitos e Verdades


– É verdade que para comprar pílula do dia seguinte é necessário apresentar receita médica, embora existam casos de venda em farmácias sem a exigência da prescrição. Em qualquer caso, é imprescindível receber orientação médica antes de utilizar o medicamento.


– Algumas pessoas acreditam que se a pílula do dia seguinte for usada diversas vezes ela pode perder o efeito. Ela não perde o efeito, mas se usada como único método anticoncepcional o risco de engravidar aumenta. Se for ingerida 24 horas depois da relação sexual, o risco de engravidar é de 15%, já a pílula anticoncepcional comum apresenta média de 0,1%.

Calvino Coutinho Fernandes, ginecologista e terapeuta sexual


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