Saúde

Secretaria de Saúde investiga morte de bebê em Londrina com suspeita de meningite

10 jul 2025 às 23:46

A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina investiga a morte de um bebê de sete meses e 27 dias por suspeita de meningite, ocorrida nesta terça-feira (08) no Hospital Infantil Sagrada Família.  


Conforme Fernanda Fabrin, diretora de Vigilância em Saúde da secretaria, foram feitos exames complementares para atestar se a doença é a causa da morte, mas ainda não há previsão de quando os resultados serão liberados. “Foram realizadas as coletas e encaminhadas ao laboratório (Lacen, em Curitiba), estamos aguardando os resultados para o encerramento da investigação. Assim que a gente concluir, já vai ser colocado no Sistema de Informação”.


De acordo com informações da pasta, o bebê apresentou os primeiros sintomas no domingo (6) e foi levado ao PAI (Pronto Atendimento Infantil) após piora do quadro. Já na terça (08), ele foi encaminhado ao Hospital Infantil em estado grave e foi internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Também foi realizada a coleta do líquor (punção lombar), “que já apresentou uma alteração significativa”, pontuou Fabrin.

 

Com o procedimento, foi confirmado o diagnóstico de meningite. O menino teve complicações e não resistiu. Se a causa realmente for meningite, será a quinta morte pela doença em Londrina desde o começo do ano. No momento, há 60 casos suspeitos em investigação.


Ainda de acordo com a secretaria, o bebê havia recebido as duas doses de rotina da vacina meningocócica C recomendadas até sua idade.


Doença é mais comum em crianças e idosos


No dia 27 de junho, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde do Paraná) emitiu um alerta sobre o aumento significativo de casos e óbitos provocados pela doença meningocócica. Na época, a Sesa registrava 22 casos confirmados e seis óbitos pela doença. No mesmo período do ano passado, foram 11 casos e nenhum óbito.


A doença é causada pela bactéria Neisseria meningitidis, sendo a responsável por quadros graves como meningite e meningococcemia. A meningite é uma inflamação das meninges - membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal -, e pode ser causada tanto por vírus, bactérias ou fungos.


A bacteriana é a que mais preocupa a Saúde de Londrina, por ser a mais fatal, explicou Fabrin. “É uma doença que pode atingir todas as idades, mas é mais comum em crianças pequenas e idosos. Os sintomas podem variar e confundir com outras doenças, como febre alta, dor de cabeça, náuseas e vômitos", observa a diretora de Vigilância. "O que a gente observa especificamente na meningite é a rigidez na nuca, confusão mental, pode surgir manchas vermelhas no corpo também, então depende de como cada quadro vai evoluir”, acrescenta.


Existem duas formas de transmissão mais comuns, sendo por “gotículas respiratórias expelidas pela pessoa infectada (como secreções nasais e saliva, por tosse ou espirro) e via fecal-oral”, elencou a diretora. Com possibilidade de deixar sequelas, o principal meio de prevenção contra as doenças meningocócicas invasivas é a vacina.


Dose de reforço


No dia 1º de julho, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade ampliaram o calendário de vacinação contra a meningite. Crianças de 12 meses que receberam a vacina meningocócica C, sendo a primeira dose aos três meses e a segunda aos cinco, terão o reforço com a meningocócica ACWY ao completarem um ano de idade, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde.


Quem já recebeu reforço da meningo C, além das duas de rotina, não precisa ser imunizado com a ACWY, também disponível para adolescentes com idade entre 11 e 14 anos. Já os que estiverem com a dose de reforço em atraso, poderão receber a ACWY antes de completarem cinco anos.


Com pouco mais de uma semana de aplicação, ainda é cedo para avaliar a procura pelo imunizante, visto que as análises são feitas a cada trimestre. “O que eu tenho de levantamento da cobertura da meningo C em menores de 1 ano, até a presente data, é de 84,91%. No reforço acima de 1 ano, 87%, é um número bom, mas ainda aquém um pouco do preconizado, que é 95%”, elucidou Fabrin, com dados preliminares. No ano passado, a cobertura para o reforço na mesma faixa etária, crianças de 12 meses, foi de 94,10%.



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