Saúde & Ambiente

Vacinação contra pólio será feita em 8 mil postos no PR

24 ago 2007 às 17:32

O que não é visto não é lembrado. Com essa frase a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Inês Vian, resumiu a importância dos pais e responsáveis levarem seus filhos para receberem as doses da vacina Sabin contra a poliomielite. A campanha de vacinação contra a poliomielite será realizada neste sábado (25) em mais de 8 mil postos de saúde nos 399 municípios do Estado.

Inês ressalta que mesmo sem a incidência de casos da doença no país, a população deve continuar com esse ciclo de vacinação. "A vacinação é importante para que todas as crianças fiquem imunizadas e ao mesmo tempo criar uma barreira imunológica contra o vírus". Alguns países da África e Ásia, ainda possuem circulação ativa do vírus e a facilidade da população em viagens internacionais pode favorecer a reintrodução dos poliovírus.


A campanha é dividida em duas etapas anuais para possibilitar que os três vírus sejam implantados na pessoa. Isso faz com que o organismo produza anticorpos e desenvolva a memória imunológica da criança. O objetivo é alcançar a cobertura de vacinação de 95% em todo o Estado, de um total de mais de 920 mil crianças. Segundo o Ministério da Saúde essa é a meta mínima necessária para manter a interrupção da cadeia de transmissão da doença.


Na primeira etapa da campanha, em junho deste ano, o Paraná vacinou 91,8% das crianças com menos de cinco anos, isto é, 845.606. Em 2005 e 2006 os índices superaram os 90% nas duas etapas da campanha. "Os resultados do Paraná se assemelham aos índices nacionais, mas contamos com o apoio dos pais e responsáveis para que as crianças recebam a vacina", disse a coordenadora do Programa de Vacinação da Secretaria de Saúde, Beatriz Bastos Thiel.

A poliomielite é uma doença infecciosa transmitida por meio das vias respiratórias (tossir, falar ou espirrar), como também pelas fezes contaminadas depositadas no meio ambiente. Os principais fatores que também favorecem a transmissão são más condições habitacionais, higiene pessoal precária e grande densidade populacional. A doença ataca principalmente os membros inferiores e faz com que a criança perca a sensibilidade e os reflexos no membro atingido.


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