Uma criança de um ano e três meses morreu nesta quinta-feira (08), em Curitiba, de meningite pneumocócica, uma da formas mais raras mas também mais graves de meningite bacteriana. O bebê, cujo nome não foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, ficava na creche Santa Quitéria, e foi internado na terça-feira na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital de Clínicas (HC), com suspeitas de meningite bacteriana.
Segundo a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria, Karin Luhn, o órgão foi notificado pelo hospital no mesmo dia. Como havia suspeita de que ela tivesse meningite meningogócica, que tem um grande potencial de transmissão, imediatamente foi feita a operação de bloqueio da doença.
O resultado dos exames acabaram mostrando que o bebê estava infectado pela bactéria pneumococos, que, de acordo com a médica, não representa risco de transmissão. ''Não há chances de outras crianças terem pego a meningite'', garante.
Contra o tipo pneumocócico da doença, não há medidas sanitárias de saúde pública a serem tomadas. A Secretaria está apenas orientando e explicando à comunidade o que aconteceu.
O pneumococo é a bactéria responsável por várias infecções no sistema respiratório, como a otite, bronquite e pneumonia. Raramente, em algumas pessoas com transtorno de imunidade ou por alguma ''diferença'' na barreira que separa o cérebro, a bactéria pode circular para o sangue a conseguir atravessar a barreira de proteção do sistema nervoso central, causando a meningite. Foi o que aconteceu com o bebê, que estava inicialmente com pneumonia.
''Essa forma de meningite é bem mais rara, mas é também mais grave, com alto risco de sequelas e morte'', diz. Prova disso é a proporção de óbitos registrados este ano. Essa é a quarta morte causada por esse tipo de meningite este ano em Curitiba, quase um terço dos 11 óbitos por meningite. Já em número de casos, Curitiba registrou 849 casos da doença, sendo apenas 11 na forma pneumocócica.